sexta-feira, 23 de outubro de 2009

A Tatuagem (1)

1- Na pré-história, as cicatrizes adquiridas nas guerras, nas lutas corporais, nas grandes caçadas, geravam o reconhecimento e o orgulho para quem as possuísse como expressão de bravura, coragem e domínio, concedidos pelos espíritos da natureza, através da transferência de energia, força e poder.

2- Conceituando que aquelas cicatrizes atrairiam a proteção divina, o homem primitivo começou desenha-las sobre o corpo, como sinais removíveis, para depois fazê-lo, também, sob a pele como sinais fixos.

3- A arqueologia descobriu que povos das mais diversas etnias e culturas, em todos os continentes, progressivamente, evoluindo e sofisticando os sinais fixos, começaram usa-los como símbolos místicos em ritos de admissão nas fases da vida biológica de nascimento, puberdade, reprodução e morte, para, posteriormente, emprega-los como indicativos da posição social e condição vivencial. Foram identificados cinco tipos de sinais fixos: de delito, de servo, o laico, o emblemático e o sagrado, usados, respectivamente, pelos condenados, pelos escravos, pelo povo em geral, pela nobreza familiar e pela classe governante de sumos sacerdotes e soberanos. Surge daí o conceito da origem independente, no qual os sinais fixos foram inventados várias vezes, em épocas e regiões diferentes, com técnicas, propósitos e resultados específicos. No decorrer da Antiguidade sobreviveram apenas os sinais fixos emblemáticos e os sinais fixos sagrados, os quais, estudados pelas grandes escolas iniciáticas do Egito, da Índia, da China e da Grécia, foram editados como gráficos radiestésicos e radiônicos determinados pela geometria sagrada.

4- A partir do período da expansão marítima, o homem ocidental, em contato com povos e culturas orientais, até então pouco conhecidas, redescobriu os sinais fixos, cuja trajetória, aos tempos modernos, teve motivações desvinculadas das tradições místicas.

5- Consequentemente, a palavra tatuagem, termo popular de sinais fixos, nasceu da onomatopéia “tatau”, som produzido durante os desenhos dos sinais fixos, quando ossos finos eram batidos com martelinhos de madeira na introdução intercutânea de tintas, que o navegador inglês James Cook (1728-1779), Pai da Oceania, escreveu como “tattou”, no diário do bordo de suas viagens de circunavegação em 1770.

6- Após o século XVII (1601-1700), no Ocidente, os sinais fixos emblemáticos e os sinais fixos sagrados foram, respectivamente, sucedidos pela tatuagem de ornamento e pela tatuagem mística.

7- A tatuagem de ornamento, ilimitada, extrovertida e integrada com os recursos psíquicos, reflete as influências do meio ambiente na personalidade do tatuado, gerando vibrações energéticas orbitais viciosas sem evasão, que provocam alarmantes distúrbios emocionais de medo da morte, da solidão, da dúvida do objetivo da vida, da punição, num isolamento e numa estagnação íntima que se exterioriza através de reações físico-psíquicas defensivas, dissociadas da vontade.

8- A tatuagem mística, discreta e introvertida, é, na realidade, o gráfico radiestésico e radiônico da geometria sagrada que, integrado com os recursos sensoriais, reflete as influências que a personalidade do tatuado poderá ter sobre o meio ambiente em que vive.

9- Abordagem sensitiva.

A pessoa portadora de tatuagens de ornamento tem uma sensitividade exacerbada própria de um sensitivo emocional, no qual convergem e conflitam forças, sentimentos e vontades visíveis e imponderáveis; entretanto, a grande maioria ignora os componentes emocionais e sensoriais, imanentes e transcendentes do seu próprio psiquismo.

A pessoa portadora de tatuagens de ornamento tem no inconsciente a imagem atávica de um sinal fixo emblemático ou sagrado que precisa ser externado através de uma tatuagem mística de um gráfico radiestésico e radiônico da geometria sagrada, o qual, identificando o sensitivo emocional, atuará como um pórtico para os planos íntimos da consciência expandida, onde estão disponíveis os recursos vivenciais das reações físico-psíquicas do mais elevado esoterismo, bem como os veículos evasivos das vibrações orbitais viciosas das tatuagens de ornamento.

10- Os gráficos radiestésicos e radiônicos da geometria sagrada, que serão reproduzidos como tatuagens místicas, são reveladas através de seções de análise ontológica das condições vivenciais da pessoa, bem como das vibrações energéticas das suas próprias tatuagens de ornamento.

11- Processo operacional da análise ontológica da tatuagem de ornamento:

- Na pessoa tatuada, de início, são verificadas as combinações geométricas, delineadas e subjetivas, geradoras de vibrações energéticas orbitais viciosas sem evasão, contidas na tatuagem de ornamento; depois são examinadas as condições vivenciais do consultante para, conclusivamente, definir local visível e desenhar a tatuagem mística da geometria sagrada que o identificará como sensitivo emocional, após 168 horas de reproduzida pelo tatuador.
- Na pessoa não tatuada, de início, são examinadas as condições vivenciais do consultante; depois é definido local visível e desenhada a tatuagem mística da geometria sagrada que o identificará como sensitivo emocional, após168 horas de reproduzida pelo tatuador, para, conclusivamente, escolher a tatuagem de ornamento que não gerará vibrações energéticas orbitais viciosas sem evasão.
Hárifhat, o poeta sufí do deserto.
12- Roberto Cortijo: Analista: Contato: tel. 2564 4797- Santo André – SP.

13- robertofariacortijo@yahoo.com.br