terça-feira, 10 de novembro de 2009

A Verdade Relativa (1)

Cada ser humano tem sua própria verdade relativa concernente à sua própria vida,relacionada,direta e indiretamente, com a verdade relativa e com a vida de todos os demais seres humanos,do presente e do passado,com os quais constitui a humanidade.
A verdade relativa é individual,única,heterogênia,transitória e efêmera.
Não existem verdades relativas concomitante às mesmas aparências,dimensões e funções.São semelhantes quando com as mesmas aparências;iguais quando com as mesmas dimensões;e análogas quando com as mesmas funções.
As verdades relativas são conceituadas com os mesmos elementos da formulação do objetivo da ideia:
-1.conceito:é a regra para avaliar o grau de objetividade entre e verdade e a sua linguagem;
-2.critério:é a regra para avaliar o grau de veracidade entre a verdade e o seu objetivo;
-3.crítica:é a regra para avaliar o grau de perfeição entre a verdade e o seu objetivo;
-4.compreensão:é o entendimento do objetivo da verdade;
-5.conhecimento:é a memorização da experiência com a verdade;
-6.juízo de valor:é a atribuição de valores através do objetivo da verdade;
-7.juízo de realidade:é a declaração de atos através do objetivo da verdade;
-8.crise:é a ruptura do equilíbrio da verdade;
-9.conflito:é a oposição e luta entre verdades diferentes.
As verdades conceituadas eternas são verdades relativas que sobreviveram adaptadas aos interesses dominantes das sucessivas fases históricas.
Ao conjunto somatório das verdades relativas pretende-se conceituar a verdade absoluta como expressão da Suprema Essência,o que é,também,um conceito da verdade relativa.
Em oposição a esta verdade absoluta concebe-se a Suprema Essência como sendo em si mesma a própria Verdade Infinita,anterior e posterior à manifestação,o que é,também,outro conceito da verdade relativa.
A única verdade da humanidade é a repetição das fantasias e das mentiras até transforma-las em verdades relativas e absolutas.
Entretanto,minoritária e contrária a tudo isso,existem os iluminados pela experiência vivencial da verdade numinosa que só podem descreve-la através da eloquência silenciosa de seus testemunhos esotéricos,face os termos restritivos da verdade relativa.
Isto,também,é uma verdade relativa,porém,concebida na intimidade sublime da mais virtuosa,sensual e sedutora poesia.
A verdade relativa tem uma energia,força e poder,positiva e negativa,consequente de sua compreensão racional,emocional,espiritual e física das manifestações espontâneas e artificiais da natureza.
A verdade relativa é manipulável de diversas formas,desde a renúncia anônima até à destruição impiedosa,mesmo em nome do amor,da paz,da liberdade;basta aprender como fazê-lo.
É isto que ensinamos.
Hárifhat, o poeta sufí do deserto.