sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Minha é a escolha do Inimigo

Para que não se diga que falei de flores, só depois...

Eu lhe sou um inimigo fidagal.
Não lhe sou anti, porque se assim o fosse estaria apequenando-me.
Para ser o inimigo é necessário que se esteja cônscio da própria grandeza.
Este é um dos inúmeros, dos quais lhe sou inimigo, porém, este é o maior de todos.
Entretanto, para que se lhe possa ser o inimigo, é imprescindível que se tenha o pleno conhecimento da natureza física, sensitiva, emocional, psíquica e espiritual do seu adverso.
Este, de quem sou inimigo, é luciferinamente luminoso, belo, sedutor e envolvente, como se fora um vício.
Enquanto inimigo, protejo e defendo a sobrevivência das idiossincracias formadoras da essência da minha irruente personalidade.
Enquanto inimigo, estou imune da miscigenação intelectual.
Enquanto inimigo, estou consciente da sua energia, força e poder, cultivadas, emanadas, e expandidas de um segmento e de um seguimento apaixonadamente popular.
Como tudo que é gigantesco, o virtuoso e o vicioso se equiparam.
Este, de quem sou inimigo, é um patrimônio.
Este, de quem sou inimigo, representa a si mesmo.
Este, de quem sou inimigo, nem sabe que existo, porém...
Este, de quem sou inimigo, faz parte da minha esperança de que, daquelas distantes e estranhas terras, ele retorne como... Corinthians Campeão.
Hárifhat, o poeta sufí do deserto.