domingo, 13 de outubro de 2019

A Ayahuasca.

Pensamento do Dia.
Ayahuasca, é um assunto vasto, complexo, e polêmico, e o facebook é um espaço limitado para uma abordagem científica.
A Ayahuasca é uma planta enteógena. Enteógeno é uma substância alteradora da consciência. O uso de plantas para alteração da consciência é uma realidade mundial e milenar. O vinho e tabaco já foram usados em cultos religiosos. Os sacerdores védicos, da Antiga Índia, usavam o Soma, uma bebida alucinógena; os druidas, sacerdotes celtas, usavam o Chedra, a poção da coragem. Entre as plantas, também, temos Jurema, Cannabis, Yopo, Pelote e Ololíuqui; entre os fungos, Psilocybe e Amanita. A ordem Sufi Fatimiya consome ayahuasca; O Grande Aiatolá Rhahi permitiu o uso de enteógenos sob a supervisão de especialistas, Rudolf Steiner, fundador da antroposofia, argumentou que o uso de plantas xamânicas era uma forma de clarividência atávica; Samuel Aun Weor, fundador da Igreja Gnóstica Cristão Universal, determinou regras específicas para o uso de enteógenos.
O contraditório é imenso, principalmente, nas religiões monoteístas adâmicas, e nos meios neuropsicológicos e psiquiátricos, científicos e acadêmicos.
Os enteógenos são viciantes.
O uso desses alteradores da consciência, por quaisquer que sejam as justificativas, é uma decisão de cunho estritamente pessoal, e em todas circunstâncias tem consequências emocionais que precisam ser avaliadas com crítica racional. Eu, mesmo, como xamã citadino, por conceitos metafísicos mui pessoais, não uso alucinógenos, porque recorro à alternativa de entrar em estado alterado de consciência, através da meditação conduzida, a gnose.
Entretanto, já testemunhei muitas situações satisfatórias para as quais o uso de enteógenos foi contribuinte, como, também, atendi muitas pessoas com desequilíbrios emocionais causados pela condução inadequada ao estado de alteração da consciência por meio de recursos artificiais e estranhos à fisiologia física e psíquica do ser humano.
Jáagora, o peregrino.

Magia do Caos: Fácil de Aprender, Difícil de Dominar

Pensamento do Dia.
Texto de autoria de Roberto Chagas, detentor de todos os direitos, méritos, e citações, do qual fazemos uma paráfrase e uma condensação.
Nada sintetiza melhor o aprendizado da Magia do Caos do que o aforisma “easy to learn and hard to master”, que, em tradução livre, significa “fácil de aprender, difícil de dominar”.
Saliento que este texto reflete minha experiência e opinião pessoais. Portanto, a experiência de outras pessoas podem ser diferentes, e não há nada de errado nisso.
A Popularização da Magia do Caos.
Nos últimos tempos tem havido um crescimento no interesse por ocultismo e magia, e, em especial, pela prática da Magia do Caos. O número de livros publicados, grupos na internet, edições em PDFs, e posts tem sido de uma grandeza imprevisível.
Toda essa exposição tem gerado praticantes dos mais diversos níveis e crenças, pois a abordagem básica (intento + sigilo + masturbação = resultado) caiu no gosto popular. Parece fácil obter resultados, e os mais buscados são sexo, dinheiro, vingança, conseguir emprego, e passar em concurso público. Não há aqui nenhuma crítica. Querer qualquer dessas coisas não é certo nem errado, e depende apenas de crença pessoal, e de que se busca com magia.
Essa suposta facilidade atraiu uma legião de adeptos que não entendeu o âmago da questão, e trata o servidor coletivo como “senhor fulano, obrigado pelas bençãos, oferendas, orações, etc”. Trocou-se a crença, mas manteve-se os dogmas.
A Magia do Caos não se limita, e nem deve se limitar, à essa abordagem.
Uma leitura no índice do Liber Null e Psiconauta já esclareceria isso. Entre os temas estão gnose, invocação, evocação, augoiedes, feitiçaria, alfabeto do desejo, e tudo mais. Caso contrário, três curtos capítulos sobre sigilo, gnose, e servidores coletivos se resumiriam a “acenda uma vela e faça seu pedido”.
Nos tempos da Golden Dawn.
No fim do século XIX, tivemos um grande expoente esotérico chamado Golden Dawn, que sintetizou a maior parte do conhecimento oculto e magístico de sua época, emergindo grandes adeptos, os quais, depois de muito estudo e prática, após o fim da Ordem, no começo do século XX, originaram diferentes segmentos da magia. Algumas mais ligadas à tradição, e outras mais de vanguarda. Entre esses adeptos tivemos MacGregor Mathers, tradutor da Clavícula de Salomão, Dion Fortune, com seus clássicos, Autodefesa Psíquica e A Cabala Mística, Aleister Crowley, o criador da Thelema, e, Austin Osman Spare, criador das bases do que hoje conhecemos como Magia do Caos. Esses mencionados adeptos, e outros não citados, tiveram em comum muito estudo e prática para fundamentar suas próprias interpretações da magia.
Tão somente, fazer sigilos energizados sexualmente, e usar servidores coletivos de pessoas consideradas confiáveis, são práticas mágicas aceitáveis, mas apenas isso é muito limitante, pois a Magia do Caos tem muito mais para oferecer.
Quantas vezes você praticou a Magia do Caos para iluminação, para metamorfose, para mudar um hábito incômodo?
Os maiores resultados que você pode obter com a Magia do Caos são sobre você mesmo, sobre sua própria percepção do mundo, e sobre sua realidade.
Diferentes Abordagens Para um Mesmo Problema.
Analise a hipotética situação de se estar desempregado e desejar um emprego.
Solução fácil:
- Fazer um sigilo para obter o emprego;
- acender uma vela para o servidor abc.
Solução interessante:
- Fazer uma divinação através do oráculo preferido, e indagar:
- Precisa ser resolvido com magia? Quais os resultados possíveis? A vaga existe, específica para minhas pretensões (trabalhe pelo possível)? Quais minhas características pessoais para obter a vaga?
Faça um sigilo para obter uma vaga específica ou semelhante; faça um encantamento para que tenha autoconfiança , e seja comunicativo, ou faça a invocação de um arquétipo que tenha essas mesmas características; use as cores da magia.
Verifique que as ferramentas são praticamente as mesmas, mas a abordagem é diferente.
Diga à você mesmo, qual dessas abordagens acredita que terá maior possibilidade de resultado positivo.
Roberto Chagas estuda e pratica magia há seis anos, e há dois descobriu uma grande afinidade com a Magia do Caos.
Jáagora, o peregrino.