terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Japamala

Em sanscrito, japa significa repetição; mala significa colar de contas; japamala significa colar de contas usado na recitação ou canto contínuo e repetitivo de um mesmo mantra.
O japa é a recitção ou o canto de um mesmo mantra, verbalizado, sussurrado ou mentalizado contínua e repetitivamente por 108 vezes, objetivando controlar a atividade e as flutuações ininterruptas dos pensamentos comuns, e direcionar o foco mental do praticante - sádhaka - para a contemplação, concentração e meditação.
A verbalização é inferior ao sussurro, e este é inferior à mentalização.
Ao japa é atribuído um fator místico formado pela vontade numinosa e pela vibração sonora dos fonemas do mantra emitido.
O japa tem um fator corporal formado pelo sistema respiratório e pelo sub-sistema de emissão da voz.
Ambos fatores, místico e corporal, formam uma unidade geradora da percepção psíquica emocional.
O mala é um instrumento feito com 108 pequenas contas, e mais uma conta diferenciada, furadas no meio, unidas por um cordão, formando um colar com 109 contas, o qual é manipulado para marcar o ritmo e a sequência numérica das 108 repetições de um mesmo mantra.
A conta diferenciada chama-se Merú - a divindade - a qual, ornada com fios coloridos, em geral vermelho, fica fora das 108 contas, unindo o começo e o fim do japamala.
Ao mala é atribuído um fator místico formado pela vontade numinosa e pela vibração dos movimentos manuais.
O mala tem um fator corporal formado pela estrutura óssea, nervosa e muscular específica das mãos.
Ambos fatores, místico e corporal, formam uma unidade geradora da percepção psíquica simpática.
O uso do mala
Segure o mala com o dedo médio da mão direita e passe as contas com o dedo polegar.
Puxe as contas um sua direção com o dedo polegar.
Comece o japamala pela primeira conta após o Merú.
Ao final, não passe por cima do Merú, gire e volte o mala e comece o novo japamala.
O mala não encostará no chão, e nem na sola dos pés; se necessário, segure-o com a mão esquerda logo acima do umbigo.
Misticamente o dedo indicador simboliza o "ego", razão pela qual não deve ser usado.
Misticamente o Merú simboliza a Divindade, razão pela qual não podemos passar por cima.
A prática do japamala
Diariamente, a prática - sádhama - de um japamala - 108 repetições de um mesmo mantra - gera percepções psíquicas emocionais e simpáticas, as quais influenciam progressivamente o inconsciente no sentido da contemplação, concentração e meditação nos componentes, elementos e fatores numinosos, místico-espirituais e ontológicos da meditação transcendental do praticante - sádhaka.
Continua no A Meditação Transcendental
Hárifhat, o poeta sufí do deserto.

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