terça-feira, 29 de março de 2016

O ovo de páscoa vazio.

Na verdade do realismo fantástico, poder-se-ia dizer que dentro do vazio de um ovo de chocolate, grande ou pequeno, sendo ou não de páscoa, encontramos um vasto nada, e tudo aquilo que é um vasto nada, é, também, um vasto tudo.
Para que se possa atingir os píncaros do êxtase da aproximação com a Suprema Essência deve-se estar possuído do nada da personalidade pessoal, em termos físicos, racionais, sensitivos, emocionais, psíquicos, e espirituais.
Após esse acontecimento inédito, na análise consciente da própria projeção psíquica, fica a dúvida se tudo não foi apenas o resultado de uma exacerbada imaginação.
Tenho dois grandes amigos: "Todo Mundo" e "Ninguém".
"Todo Mundo" tem o poder de nada, e "Ninguém" tem o poder de tudo.
Na natureza do universo cósmico existem os polos opostos de uma mesma energia quântica: o espaço e o tempo, entre os quais, como ponto central do equilíbrio, temos a dúvida, que, enquanto indecisa, por indefinição, gera o caos da materialidade espiritual, e o caos da espiritualidade física.
Enquanto "Ninguém" quer saber, e "Todo Mundo" pergunta, "aonde chegaremos?", respondo: "não sei, sou apenas filósofo, não Deus".
Áfiar, o bardo.

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