quinta-feira, 13 de abril de 2017

Amor ao próximo.

13.04.2017.
Pensamento do dia.
Amar uns aos outros não é um ensinamento exclusivo de Jesus. 
O Messias, apenas, relembrou o que havia sido ensinado por outros educadores.
Mas é impossível amar os outros sem julgar o merecimento alheio, e sem julgar a própria capacidade de faze-lo.
Jesus, em termos dos íntimos recursos humanos de cultivar o amor incondicional, ignorou os princípios mais básicos da reciprocidade.
Francisco Xavier segue o caminho do Nazareno, sem uma análise atualizante.
O amor sem crítica racional é uma expressão exacerbada do emocional, com consequências previsíveis de desequilíbrio psicológico.
Como poder-se-ia amar, por exemplo, um pedófilo, um estuprador, um torturador?
Esse empasse é sempre respondido como a resultante da ausência da fé.
A fantasia do amor incondicional, sustentado pela fé, é o sistemático comportamento emocional, político-religioso dos dominadores sobre as sociedades condicionadas a terem medo da liberdade do poder do pensamento racional.
O axioma do amor ao próximo é tão distante da realidade que nunca se deixou de se cometer tantas atrocidades, e nunca se derramou tanto sangue e lágrimas, no decorrer da história da humanidade, em nome de um sentimento, só aparentemente, salvador.
Diante desse empasse pergunta-se: qual a solução?
Não há uma solução mágica.
O ser humano é uma fera insaciável, que luta para domar a si mesmo, usando, ainda, o único instrumento conhecido, e disponível, a dor.
Yaacov, o sefardita

Nenhum comentário:

Postar um comentário