domingo, 23 de setembro de 2018

Ódio, derradeira emoção.

Todo os, chamados, "livros sagrados" foram redigidos por escritores, acreditados como inspirados pelos Deuses. 
Os deuses dessas "sagradas escrituras" são antropomórficos e antropopáticos.
Mancomunados com o poder político, econômico, e militar, da vez, a moral e a ética, desses escritos eclesiais, intentam conduzir a sociedade popular, ignorante, e indefesa, à submeter-se às oligarquias dominantes, através da falácia da promessa do gozo das delícias dos paraísos celestiais futuros, após a morte física, para todo aquele que humilde, pacífico, obediente, renunciante, resignante, longânime, se torna o bem-aventurado merecedor.
A natureza consigna a sobrevivência através da cadeia alimentar, na qual o mais fraco é o alimento do mais forte, e o forte, já decrepito, é o alimento dos mais fracos.
A cruel realidade do ser humano, racional e emocional, paradoxalmente, cria, para si mesmo, uma cadeia alimentar social escravocrata, na qual o mais fraco é devorado pelo mais forte.
O perdão é apenas uma figura de retórica bíblica, em que oferecer a outra face é a justificativa última dos covardes, que tem medo de lutar pela liberdade, ainda que pelo recurso derradeiro de se fortalecer pelo cultivo do ódio, único sentimento verdadeiramente puro.
Jáagora, o peregrino.

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