segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Qual o futuro do Brasil?

A vida se desenvolve através de movimentos cíclicos. Cada ciclo tem um período de começo, um período de transição, e um período de transformação. Existem os ciclos mais extensos, e os mais restritos.O Brasil, desde o tempo dos três governos gerais, vivencia ciclos restritos. Tudo passa rápido, mas sempre para melhor. Em 1945, ao ser mandado para a escola pública primária (da época), o Brasil tinha 50 milhões de habitantes, dos quais 50% eram analfabetos, e o quadro eleitoral tinha 5.860.666 de eleitores. Desde de então o Brasil vem, lentamente, progredindo, através de crises, conflitos, e contradições.O Brasil é um país com uma sociedade multirracial, complexa, reacionária, escravocrata, discriminatória, e sem uma intelectualidade e uma erudição estrutural. O desenvolvimento do País, ainda, acontece, somente, para atender as demandas do mercado globalizado de consumidores. A sociedade brasileira, ainda, não apreendeu da necessidade de se ter um padrão de vida sem excessos majoritários de escassez, e excessos minoritários de abundância. Para alterar o movimento cíclico restrito, a sociedade brasileira precisa, com uma natural urgência, instituir um modelo de distribuição de riqueza onde existam menos ricos e menos pobres, a exemplo das nações escandinavas. O presente ciclo, sob a égide de um populismo canhestro, está no período da transformação, a qual, como todas, é traumática, e educativa. O ciclo que se aproxima, no seu período primordial, promete atender os anseios por uma equanimidade político-social. Nossa contribuição nesse sentido deverá ser através do voto incorruptivo, sem o que o Brasil continuará vivenciando movimentos cíclicos restritos.
Áfiar, o bardo

sábado, 27 de fevereiro de 2016

Friedrich Nietzsche e a denúncia filosófica.

27.02.2016.

Nietzsche, pensador do século 19, foi o mais radical crítico da filosofia ocidental.

O século 19 foi um período voltado para a modernidade como uma alternativa para a transformação social,  o que poderia garantir um futuro melhor.

Nietzsche estudou sua própria época, a Grécia antiga, e os  gregos pré e pós-socráticos.

Os gregos pré- -socráticos foram anteriores ao surgimento do nosso modo de pensar, e o modelo do nosso pensamento atual  nasceu com Sócrates, Platão, e Aristóteles.

O pensamento pré-socrático era definido pela “arte”, como a mediadora entre todas as coisas, e a verdade, como conceito, ainda não tivera a necessidade de ser criada; o pensamento pré- socrático era baseado na teoria do devir da vida, o qual era um processo em constante transformação aleatória, movida por uma força divina presente na natureza física.

A evolução do pensamento humano, no mundo ocidental, foi determinada pela restrita interpretação filosófica de Sócrates, Platão, e Aristóteles.

Nietzsche, filho de tradicional família alemã luterana, estava inserido em uma cultura religiosa cristã rigorosa.

Nietzsche define a história do pensamento do homem ocidental como sendo a história da negação da vida, através da construção de um modelo de homem ideal que não existe e que jamais existirá porque é, idealmente, muito superior ao que o homem real poderia ser.

Nietzsche tira o antropocentrismo do homem que se considera superior.

Nietzsche, quando analisa a Grécia pré-socrática, denuncia que na vida moderna continua existindo, vigoroso e reprimido, um pensamento riquíssimo de seduções, marcadas pelo corpo físico, sensitivo, e emocional, e pela “arte”.

O radicalismo do idealismo do pensamento filosófico, crítico, e racional de Sócrates, Platão, e Aristóteles, foi uma violenta incisão na história da liberdade do pensamento filosófico ocidental, ao negar, denegrir, e condenar a existência da influência, insubstituível, sadia, e necessária, na formação do homem, enquanto um ser psíquico, da realidade do pensamento filosófico, sensitivo e emocional, aflorado, inevitavelmente, do arquivo de desejos reprimidos no inconsciente do ser humano. (Áfiar, o bardo)

Com Sócrates, Platão, e Aristóteles começa oficialmente a história da filosofia grega.

Na Grécia antiga, o desenvolvimento da crítica racional provocou o nascimento da filosofia pré-socrática e o começo do declínio da mitologia.

A filosofia pré-socrática, na busca pela causa primária do universo cósmico, acabou tendo como denominador comum  o “devir”.

O devir é o movimento permanente, ininterrupto, e atuante, como uma lei  geral do universo que cria e transforma  todas as realidades existentes, uma nas outras.

Antes do século  5, ac., o homem grego antigo sentia a vida como uma potência amorfa, oculta, desconhecida, e, em permanente e imprevisível  transformação, o qual, impotente e submisso, diante dessa natureza caótica, teve a necessidade espontânea de conceituar uma interpretação fundamentada em mitos, idealizados com base nas experiências e impressões sensitivas e emocionais, ausentes de crítica racional, e de conceito de verdade.

Nunca fez parte da concepção de vida do homem grego antigo o domínio e o controle das forças da natureza, porém, a partir do século  5, ac., essa realidade mudaria.

Nietzsche foi o primeiro a questionar a importância da verdade, ao indagar “para que e o por que a verdade”.

A verdade, independente da curiosidade humana, é a necessidade psicológica de estabelecer, no mundo, diante do medo da morte, o sentimento da temporalidade.

Incapaz de viver a vida como, realmente, ela é, o homem escreve a sua história através da conceituação do dogma da verdade.

Nietzsche diz que, diante o dogma da verdade, o homem escreve uma história, para si mesmo, fundamentada no niilismo.

No mundo ocidental, o niilismo começou no século 16, atingindo os valores metafísicos da filosofia de Platão, assumidos e ajustados pelo Cristianismo, influenciado pela teologia judaica, e conservados durante a Idade  Média , cujo contesto, ainda, abrange: a vida terrena sensitiva como pecaminosa, a essência pura da vida espiritual após a morte, e a verdade divina atingível pela fé.

Niilismo negativo é aquele em que a vida terrena, real, do corpo físico, sensitivo, emocional, prazeroso, doloroso, é negada, pela fé, em favor de outra vida, de pureza espiritual, após a morte, idealizada pelo antropomorfismo e antropopatia filosófico platônico, ou pela teologia cristã.

Niilismo reativo é aquele em que a vida, de pureza espiritual após a morte, idealizada pela filosofia-teológica  platônica-cristã, é negada em favor desta vida terrena, real, do corpo físico,sensitivo, emocional, prazeroso, doloroso, numa reação categórica substanciada, afirmativamente, pelas modernas e sucessivas descobertas, inventos, e desenvolvimentos científicos e tecnológicos.

O avanço da ciência e da tecnologia determinou o recuo do antropomorfismo e da antropopatia filosófico e teológico.

Do niilismo reativo surgiu o “niilismo da modernidade”.

O niilismo da modernidade é a idealização de um futuro onde, em consequência das ininterruptas descobertas, inventos, e desenvolvimentos científicos e tecnológicos dos recursos e das utilidades físicos-materiais, a vida deverá ser sempre satisfatória e agradável.

Se antes era negado o presente de uma vida real, terrena, sensitiva, emocional, em favor da idealização de uma futura vida de pureza espiritual, após a morte, agora, não se vive o presente porque uma nova vida real, terrena, sensitiva, emocional, é idealizada, para antes da morte, em um futuro do imediato amanhã. (Áfiar, o bardo)

Entretanto, a idealização, de qualquer futuro, alheia o homem do tempo presente, do devir,  do conflito e da contradição permanente da sua miserável existência.

O ideal de qualquer futuro é o ideal da felicidade.

Como o ideal da felicidade não sofre o impacto das transformações reais da vida, ninguém poderá viver o ideal porque este é impossível de ser atingido.

Em ambos os niilismos, negativo e reativo, há uma rejeição da vida real, terrena, sensitiva, emocional, presente, em favor de valores futuros: primeiro, do abstrato metafísico, segundo, do concretismo progressista.

Nietzsche

Além do homem (super  homem) é o homem que supera a si mesmo para ser uma expressão celular, sensitiva, emocional, e imanente da manifestação espontânea da realidade caótica da natureza cósmica, na mais possível consciência de liberdade e de independência de qualquer conceito de verdade, filosófica ou teológica, intencionalmente elaborada como racional. (Áfiar, o bardo)

O homem que assume o desafio de superar a si mesmo, objetivando encontrar-se no “além do homem” (super  homem), é porque, através de uma rebelde introspecção, teve a consciência do condicionamento subliminar da idealização subvertida da sua suposta fragilidade.

Ao final da Antiguidade, a Igreja Romana, emergente, teve seu real começo teológico-filosófico com Agostinho de Hipona (354 – 430), doutor clérigo, que cristianizou Platão, conciliando sua teoria filosófica da ideia primordial da criação com o conceito teológico da ideia primordial da criação, pré-existente em Deus abstrato, antes de sua manifestação concreta.
A Escolástica teve seu apogeu com Tomás de Aquino (1225 – 1274), outro doutor clérigo, criador do tomismo, que cristianizou Aristóteles, conciliando sua teoria filosófica das verdades naturais da razão com o conceito teológico das verdades naturais da revelação cristão da fé.

Para Tomás de Aquino, Aristóteles percorreu apenas uma parte do caminho por desconhecer a revelação cristã, e percorrer parte do caminho não é o mesmo que percorrer o caminho errado.

À doutrina transcendental  das filosofias racionais, idealistas, e seletivas de Platão e Aristóteles, foi  acrescentado, da teologia judaica, o conceito do pecado original, e da culpa presumida.

Com este acervo ético-moral, de uma teologia filosófica de natureza  hibrida, o Cristianismo introjetou, no homem comum, a  pecaminosidade  dos impulsos naturais da libido, o condicionamento dos mesmos até a angústia da frustração, a culpa e o arrependimento pela tentação consumada, e a ansiedade pelo perdão redentor.

Diante da miserabilidade da existência terrena, idealizada e imposta pelo Cristianismo, a sociedade do mundo ocidental foi sustentada pelo escravismo psicológico, social, político, e econômico do homem comum, sensível, emocional, ignorante, fragilizado, e acovardado por um conceito ideal  de fé religiosa, interessante e necessária para a manutenção da oligarquia teocrática absoluta, entronizada como a representante terrena de Deus, e da oligarquia do governo secular absoluto coroado pelo “direito divino dos reis”.

O Iluminismo, como um movimento de reação de uma elite social burguesa, não abrangeu o homem comum.

É exatamente esse homem comum, fragilizado e acovardado, que deverá assumir o desafio de superar a si mesmo, objetivando encontrar-se no “além do homem” (super  homem), onde a crise, o conflito, e o contraditório, entre a idealização da vida e a sua verdadeira realidade, são denunciados pelo equilíbrio da reciprocidade física, racional, sensitiva, emocional, psíquica, e espiritual de um homem que, finalmente, poderá viver, apenas, a  imprevisibilidade do seu próprio destino, do qual a única certeza é o benefício da terminação fatal.

A primeira lição a ser aprendida pelo homem é obedecer as  leis, perenes e imutáveis, da natureza espontânea que regem a manifestação da vida. (Áfiar, o bardo)

A sobrevivência do homem depende da sua capacidade de apreensão dessa obediência, e, nesse sentido, a liberdade é  ilusória.

A liberdade é a idealização do prazer na autonomia do sujeito, para o qual, na realidade, a autonomia inexiste, assim como inexiste o “um”, separado  da natureza cósmica

Com os devidos créditos à Dra. Viviane Mosé.

Àfiar, o bardo.


quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Gestalt - Psicologia da Gestalt - Psicologia da Forma

08.02.2016.

Como xamã citadino leio diversas modalidades de oráculos.

É normal a leitura ocultando os símbolos, em um processo aleatório de surgimento de imagens que devem ser interpretadas tendo como referência a viabilidade dos objetivos do consulente.

Substitui a prática tradicional por um método moderno em que, do oráculo preferido, a descoberto, o consulente escolhe um conjunto determinado de símbolos que, em princípio, deverá estar relacionado com a previsão da realização de desejos.

Esta leitura de oráculo, através de símbolos previamente escolhidos pelo consulente, tem como estrutura a Psicologia da Gestalt.

É da Psicologia da Gestalt ou Psicologia da Forma que se tratará, com brevidade, neste ensaio.

Precursor: Cristian von Ehrenfels - 1856 à 1932 - filósofo austríaco.
Fundadores: Max Wertheimer - 1880 à 1943.
                     Kurt Koffka - 1886 à 1941.
                     Wolfgang Kohler - 1887 à 1967.
                     Kurt Lewin - 1890 à 1947.

Gestalt é uma palavra alemã que significa: uma entidade concreta, individual e característica, que existe como algo destacado, e que tem a forma como um dos seus atributos.

Os gestaltistas iniciaram seus estudos pela percepção e pela sensação do movimento; estavam interessados em compreender os processos psicológicos envolvidos na ilusão de ótica, quando um estímulo físico é percebido, pelo sujeito, de uma maneira diferente da realidade.

A percepção está entre o estímulo físico, que o meio ambiente fornece, e a resposta que o sujeito emite; o que o sujeito percebe, e como percebe, são dados básicos para a compreensão do comportamento humano, o qual, é estudado em seu aspecto global, considerando as condições que alteram a percepção do estímulo.

A percepção do estímulo físico ocorre através da forma como é interpretado o conteúdo percebido; se nos elementos percebidos não houver equilíbrio, simetria, perspectiva, não será alcançada, de imediato, uma percepção lógica.

O meio comportamental é a resultante da interação do sujeito com o meio físico, e envolve a interpretação desse meio através da percepção; trata-se de uma realidade subjetiva, particular, criada pela mente humana.

A Gestalt é uma parte da psicologia experimental, que estuda como o cérebro humano percebe as formas.

O cérebro humano não percebe uma composição visual decomposta em partes isoladas, percebe relações; percebe um todo formado pelas relações das partes integradas, interagias, e interdependentes, somadas entre si; o todo é mais importante do que a soma das partes.

O processo da interpretação de uma figura esta relacionada com forças externas e forças internas.

As forças externas são vindas da luz da própria figura refletida na retina.

As forças internas estão relacionadas com o processo fisiológico do cérebro humano; a partir da estimulação causada pelas forças externas, o sistema nervoso central organiza a figura de modo coerente e unificado.

A Psicologia da Gestalt conceitua, em princípio, que o cérebro humano tem a capacidade neural intuitiva de associação mental de ideias com as figuras referenciais, já percebidas no passado, e pré-existentes na memória humana inconsciente.

A regulação do cérebro humano é espontânea e incontrolável.

A Psicologia da Gestalt tem nove leis estruturais: 1-Semelhança, 2-Proximidade, 3-Continuidade, 4-Pregnância, 5-Fechamento, 6-Segregação, 7-Unificação, 8-Unidade, 9-Figura/Fundo.

1-Semelhança: através da percepção visual, o cérebro humano tem a capacidade de agrupar, em conjuntos coesos de unidades, os elementos qualificados como semelhantes por causa da semelhança de condições ambientais, cor, brilho, sombra, tamanho, forma, etc.
O cérebro humano percebe, prioritariamente, colunas de quadrados e colunas da círculos, e não linhas de quadrados e círculos alternados. (vide figura abaixo)

2-Proximidade: através da percepção visual, o cérebro humano tem a capacidade de agrupar, em conjuntos coesos de unidades, os elementos qualificados como os mais próximos uns dos outros, em um espaço específico.
O cérebro humano percebe, prioritariamente, quatro conjuntos unitários de círculos, e não dezesseis círculos. (vide figura abaixo)

3-Continuidade: através da percepção visual, o cérebro humano tem a capacidade de seguir um suposto rumo, para manter a conexão dos elementos que parecem contínuos e dispostos em uma sequência, aparentemente, lógica, diante da repetição ordenada dos elementos. (vide figura abaixo)

4-Pregnância:
-pregnância, do alemão pragnanz, significa simplicidade;
-pregnância é a mais importante, e a menos sintética das leis da Gestalt;
-pregnância é a somatória de todas as leis da Gestalt;
-pregnância é a qualidade primária que uma imagem precisa ter para que possa estimular a percepção visual;
-pregnância, em termos de qualidade primária, abrange duas formas de imagem: a com alta pregnância, e a com baixa pregnância;
-alta pregnância é a rapidez, a facilidade, e a simplicidade da leitura, da compreensão, da identificação, da nitidez, e da interpretação da ordem, da simetria, da perspectiva, do equilíbrio, da harmonia, do fundo liso, e do contraste, com que a imagem estimula o imediatismo da percepção visual, e o imediatismo da recepção pelo cérebro humano; (vide figura abaixo)
-baixa pregnância é aquela em que a profusão e a confusão da imagem dificultam o imediatismo da percepção visual, e o imediatismo da recepção pelo cérebro humano; (vide figura abaixo)
-na baixa pregnância, o cérebro humano, através do recurso mental da simplificação natural da percepção visual, seleciona e decompõe a imagem nos seus atributos de entendimento mais fácil e imediato.

5-Fechamento: através da percepção visual, o cérebro humano tem a capacidade de perceber figuras subjetivas e delimitadas, surgidas em consequência do agrupamento dos elementos que aparecem em uma disposição lógica, de acordo com a figura pré-existente na memória humana inconsciente. (vide figura abaixo)

6-Segregação: através da percepção visual, o cérebro humano tem a capacidade de selecionar e separar, do interior total ou parcial de uma imagem, uma ou mais figuras, destacadas por critérios específicos de condições ambientais, cor, brilho, sombra, tamanho, forma, etc. (vide figura abaixo)

7-Unificação:
-a lei da unificação conceitua que uma figura, aparentemente, fragmentada poderá ser restaurada pelo cérebro humano, através da capacidade neural intuitiva de associação mental de ideias com a figura referencial pré-existente na memória humana inconsciente, quando os espaços vazios poderão ser preenchidos, restaurando mentalmente a figura fragmentada. (vide figura abaixo)

8-Unidade:
-através da percepção visual, o cérebro humano tem a capacidade de perceber a unidade visual simples de uma figura, completa em si mesma, construída com um único elemento;
-através da percepção visual, o cérebro humano tem a capacidade de perceber e unidade visual composta de uma figura construída por um conjunto lógico de vários elementos;
-a unidade pode ser definida pela cor, brilho, sombra, tamanho, forma, etc., isolados, ou relacionados entre si. (vide figura abaixo)

9-Figura/Fundo:
-a lei da figura/fundo ou a lei da dupla perspectiva conceitua que, através da percepção visual, o cérebro humano tem a capacidade neural intuitiva de associação mental de ideias com figuras referenciais pré-existentes na memória humana inconsciente para perceber e organizar, sobre uma mesma figura/fundo, duas perspectivas sucessivas, com sentido lógico;
-o cérebro humano organiza a percepção visual da figura/fundo em dois planos: no primeiro plano, a figura é percebida através de formas e contornos, e sempre à frente do fundo; no segundo plano, o fundo é percebido sem forma e sem contorno;
-dependendo da direção da perspectiva em que o cérebro humano organiza a percepção visual de uma única figura/fundo, alternativamente, a figura poderá ser percebida como fundo, e o fundo como figura, mas nunca simultâneos. (vide figura abaixo)

A produção, por quaisquer recursos, de todas as imagens, desta contemporaneidade, são estruturadas na Psicologia de Gestalt, inclusive a decifração de oráculos.




Áfiar, o bardo.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

O que e quem sou?

Se a evolução acontece com o crescimento do próprio fogo interior do indivíduo, dentro em breve essa criatura desaparecerá consumida pelas próprias labaredas, porque até o fogo interior precisa ser equilibrado para que não se transforme no incêndio íntimo do próprio fanatismo. 

Conceituo que o crescimento interior é o reflexo do crescimento exterior. 

Conceituo a inexistência da separação entre interior e exterior; ambos são integrados, interagidos, interdependentes.

 No exterior temos o fogo, a água, a terra, o ar, e o quinto elemento, o plasma. 

Os cinco elementos básicos da natureza cósmica abrange a ambos, o interior e o exterior.

Olhando o firmamento através do telescópio Hubble, indago aonde começa o interior, e, aonde termina o exterior. 

Diante daquela grandeza numinosa, o que e quem sou eu, habitante de uma partícula quântica heteróclita, chamada Terra? 

Tenho dois grandes amigos: "Todo Mundo e Ninguém", e ao perguntar-lhes o que e quem sou, Ninguém disse "nada" e Todo Mundo concordou. 

Durma-se com um barulho desse. 

Áfiar, o bardo.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

Falsos Profetas

Quem são os falsos profetas? O bispo Edir Macedo é um falso profeta? O pregador R.R, Soares é um falso profeta? O apóstolo Waldemiro é um falso profeta. O pregador Silas Malafia é um falso profeta? Se esses homens de Deus são falsos profetas, quem tem autoridade para qualifica-los como tal? Aonde encontrar um verdadeiro profeta? Quais as insígnias do verdadeiro profeta? Como ninguém tem as respostas para as estas perguntas, eu continuo sendo o profeta de mim mesmo. Prefiro percorrer parte do caminho da minha verdade, do que percorrer todo um caminho de verdades alheias. Se a salvação em Jesus precisa de intermediários, prefiro não ser salvo, para não ficar devendo a salvação à alguém que não merece o meu respeito. Todavia, também, indago, ser salvo do que, ou de quem? De ser íntimo amigo de Nietzsche, de Spinosa, de Rajneesh, de Martin Luther King, de Johann Wolfgang von Goethe, do Nazareno Rabino da Galileia?
 Áfiar, o bardo