terça-feira, 7 de abril de 2015

A Promiscuidade



Esta é a minha interpretação, e não o texto original do acontecido.
Em 30.03.2015, segunda-feira, na TV Cultura, na programação da Roda Viva, a convidada do dia foi a atriz, entrevistadora, e jornalista, Marília Gabriela, cuja importância do nome dispensa maiores apresentações.
Nas características do espetáculo, Marília Gabriela, respondeu, com carismático brilhantismo, todas as perguntas, salvando, até mesmo, algumas menos inteligentes.
A última indagação foi feita pelo filósofo Luiz Felipe Pondé:
-"Marília, qual a sua visão da nossa atualidade".
Marília Gabriela respondeu:
-"O que mais me impressiona na atualidade é existir aquela pessoa que, recebendo, durante um certo período de tempo, parcelas de quantias que somam 97 milhões de reais (esse número é aleatório), consegue continuar convivendo com sua família, com seus amigos, ir à sua igreja, considerar-se um bom, ajudar aos outros, como se nada de anormal estivesse acontecendo, em sua vida. Ao procurar um termo para definir esta situação encontrei a palavra promiscuidade"
Durante o pronunciamento desta última resposta, a expressão facial e gesticular, da convidada, era de espontânea indignação.
Quando, atrevidamente, conceituamos já saber quase tudo, somos agraciados com mais um ensinamento: "a corrupção, o corrupto, e o corruptor formam um todo homogênio de promiscuidade".
Obrigado, Marília Gabriela, por me fazer saber que não estou sozinho na minha inutilidade de ser honesto.
Hárifhat, o poeta sufí do deserto

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