terça-feira, 7 de abril de 2015

Igualdade Social


Qualquer sociedade é constituída de dois segmentos estruturais: o minoritário dominante e o resto dominado. A igualdade social é uma falácia. Como pode haver igualdade social entre um cientista e um lixeiro? Cada um poderá viver bem, mas, o viver bem do cientista jamais será o mesmo viver bem do lixeiro. Cada qual terá uma qualidade de vida correspondente à sua participação e contribuição à própria comunidade em que vive, e terá uma de importância social conforme a classificação determinada pelo segmento dominante. O cientista tem, intrínseco, uma valorização individual, e o lixeiro tem, intrínseco, apenas uma valorização como um corpo coletivo. Este parâmetro de igualdade social determina o parâmetro de direito social. O segmento dominante determina que, individualmente, o direito de cientista é maior do que o direito do lixeiro. Portanto, a atual civilização, dominante neste início da segunda década do século 21 ( de 2001 à 2100), é constituída de uma diminuta sociedade dominante sobre uma maioria social de escravos modernos, cujas mídias, instrumento de soberania, convencem a sociedade dominada à ter medo de uma liberdade que a obrigasse a viver sem as referências específicas da sociedade dominadora. Pergunte-se por que vosmecê usa determinada marca de dentifrício, sabonete, hidratante, farinha, café, automóvel, computador, celular, presunto, queijo, preservativo, e todos os demais produtos supostos necessários para o viver bem da sociedade de consumo em que permitimos ser transformados. A própria chamada oposição é um produto de consumo, onde só se muda a fantasia da beleza atrativa do rótolo para uma mesma farinha de péssima qualidade.
Hárifhat, o poeta sufí do deserto

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