Direito à Vida?

Pensamento do Dia.

Existe, na Tailândia, um segmento do budismo radical que não elimina os insetos nocivos porque, sendo considerados criações divinas, devem ser deixados viver. Estes insetos, tais como baratas, formigas, percevejos, carrapatos, escorpiões, gafanhotos e outros mais, são afastados com defumações de ervas verdes, as quais são deficientes. Repetidas vezes ocorrem epidemias que atingem as populações das aldeias vizinhas. As autoridades sanitárias, chamadas à intervir, desinfetam os mosteiros insalubres, e aplicam multas aos responsáveis, cujos abades, sem resultados, recorrem á justiça alegando invasão de propriedade alheia e discriminação religiosa.

Eu, particularmente, entendo que, sendo o homem o ápice da criação, como único detentor do poder da razão e da emoção, deve determinar com equilíbrio o objetivo e o porque da vida e da morte de todos os demais seres, inclusive o próprio homem.
O que, na realidade, acontece deste o período paleolítico superior.
Entretanto, o homem é cruel, egoísta, sanguinário, e altamente reprodutivo. Somos, atualmente, sete bilhões de criaturas que se auto destroem em nome das mais controvertidas motivações. O fim da humanidade é inevitável, mas, o aniquilamento da civilização no planeta Terra é sofridamente paulatino.
E tudo isso acontece sob as vistas de um Deus que, criado à imagem do homem, é igualmente humano, isto é, igualmente cruel.

Áfiar, o bardo.