terça-feira, 10 de março de 2020

O Divórcio e a Religião.

10.03.2020.
Pensamento do Dia.
Todas as citações bíblicas quando invocadas no púlpito a respeito do divórcio estão sempre fora de contexto.
Diz o provérbio: texto fora do contexto gera o pretexto.
Essas citações são próprias da Bíblia Hebraica e dizem respeito apenas aos judeus devotos e aos israelitas praticantes, como eu.
Entretanto, as proibições bíblicas estão subordinadas às análises contidas no Talmude, as quais são atualizadas conforme as influências temporais, culturais, sociais, econômicas e regionais, aonde o judaísmo não sofre preconceitos raciais.
Um exemplo típico da contemporaneidade é o divórcio civil ser confirmado pelo divórcio religioso, abolindo o dogma da obrigatoriedade da virgindade feminina.
Tanto a mulher divorciada como a solteira desvirginada não são mais estigmatizadas pelo judaísmo atual.
Contudo, os rabinos aconselham que tanto as mulheres como os homens deveriam manter a castidade enquanto solteiros, e que o maior testemunho do verdadeiro amor seria, no dia das nupcias, haver entre os cônjuges o oferecimento mútuo da pureza de ambas virgindades, predispostas ao êxtase de um prazer abençoado por Deus.
Tudo isso pode parecer piegas diante da insensibilidade dos racionalistas profanos, mas, no âmago de cada introspecção numinosa e emocional, é um comportamento poético de imorredoura satisfação.
Infelizmente não fui agraciado com semelhante dádiva...quem sabe no próximo renascimento.
Jáagora, o peregrino.

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