Senhor, ao meu passado, teu perdão.
Ao meu presente, misericórdia.
Ao meu futuro, tua providência.
Senhor, ao meu passado, teu perdão. Por que perdão pelo meu
passado? Não terá o meu passado algum mérito? Terei sido tão pusilânime que
tenho de pedir perdão por todo meu passado? No passado tive filhos
maravilhosos, devo pedir perdão por ter participado da fecundação dessas
criaturas divinas? Ao meu presente, tua misericórdia. Por que a misericórdia se
a minha luta pela sobrevivência ainda esta em
curso, e cuja infelicidade por uma possível derrota poderá não acontecer? Ao
meu futuro, tua providência. Por que tua providência, por acaso estarei
duvidando da qualidade, do potencial, e do alcance dos recursos físicos,
racionais, sensitivos, emocionais, psíquicos, e espirituais com os quais fui
agraciado para ser útil? Não posso orar nesses termos porque estaria duvidando de
minha origem divina. Áfiar, o bardo.
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