quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Cair e levantar.


Cair, levantar, e seguir em frente é meritório. Porém, visto sem uma análise introspectiva, esse conselho ou exemplo é um eufemismo impróprio em uma sociedade consumista de selvagem competição, onde o virtuoso é símbolo de fraqueza, e o vicioso é o símbolo da força corruptiva. Caiu? Quando caiu? Onde caiu? Como caiu? Por que caiu? Existem quedas temporárias e quedas definitivas. As quedas temporárias ensinam como adequar para conservar situações de vida. As quedas definitivas determinam drásticas transformações na sobrevivência. Nesta nossa civilização contemporânea, existem quedas cotidianas, heterogêneas, previsíveis, imprevisíveis, justas, injustas, e todas irrecuperáveis. Depois da queda, nada será como antes porque esse é o sistema educacional do ser humano. Viver de queda em queda, até a queda terminal no sepulcro da miserabilidade de nossas vidas.
Áfiar, o bardo.

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