quinta-feira, 14 de abril de 2016

Liberdade religiosa no Brasil.

14.04.2016.
Pensamento do Dia.
A liberdade de expressão exterior do pensamento é, por princípio, um direito, reconhecidamente, natural. 
Diante de tantos atentados contra esse direito de liberdade, através da história, é que foram criados os instrumentos de defesa legislativa, social, e jurídica.
Instrumentos, esses, sempre submetidos à ação sub-reptícia dos usurpadores das consciências menos esclarecidas.
A liberdade religiosa, no Brasil, é uma falácia.
O preconceito e a discriminação existe velada e cruel, a exemplos dos milhares de recursos jurídicos impetrados pelas vítimas.
Temos centenas juízes de primeira instância, e centenas de desembargadores jurisdicionando, em suas comarcas, o que é religião, e o que é seita, notadamente quando se tratando das religiões afro-brasileiras, mesmo sem ter conhecimentos antropológicos e teológicos para tanto.
O Espiritismo Kardecista tem condenações bíblicas das mais rigorosas, e, entretanto, este segmento espírita cristão não tem escrúpulos em qualificar a Umbanda, o Candomblé, o Catimbó, e a Quimbanda como baixo espiritismo.
As religiões de segmentos protestantes, anglicanos, evangélicos, pentecostais se definem, cada qual, como a detentora da única salvação cristã.
O judaísmo, o islamismo, o budismo, o hinduísmo, e as religiões cristãs ortodoxas são profissões de fé com autonomias teológicas auto admitidas como redentoras conclusivas.
Isto é apenas um resumo, e no final desta cadeia clericalista encontramos o ateísmo, que, modernamente, também, se tornou uma religião, porém sem Deus, mas com os mesmos preconceitos e radicalismos obscurantistas.
Todavia, haverá um tempo em que, atingida uma sublimação metafísica, cada ser humano, individual e isoladamente, será a sua própria religião, com o dízimo de responsabilidade de julgamento sobre si mesmo, e salvação, se houver.
Áfiar, o bardo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário