quarta-feira, 12 de dezembro de 2018

A Obesidade na Ópera.

Pensamento do Dia.
Abaixo o culto à magreza, "na ópera". 
Adoro assistir personagens obesos, em oposição à magreza do personagem criado pelo compositor.
Não existe nada mais romântico do que um dueto de amor, cujos interpretes pesam mais de cem quilos.
E quando o herói é magro e a heroína pesa cem quilos ou mais, e vice versa, temos o caso de um psiquismo mórbido da atração sexual por mulheres ou homens adiposos, não previsto no contexto do libreto da ópera.
Enfim, dizem que gosto é indiscutível, até pode ser, mas, existem determinadas preferências idiossincráticas que só o terapeuta holístico é capaz de inventar uma justificativa para conservar o paciente.
Sou assíduo frequentador da ópera, da opereta vienense, da zarzuela, do teatro de comédia, e do teatro de bale.
Exceto a ópera, todas as demais artes cênicas não admitem a adulteração das características dramatúrgicas originais dos personagens idealizados pelo autor.
Na ópera, os cantores se despreocupam em construir os seus personagens de acordo com o contexto criado pelo compositor, impondo ao público uma teatralidade figurativa de valor visual discutível.
Antecipadamente, analiso o elenco das óperas em cartaz, e não assisto aquelas que tenham artistas que não se enquadram com a originalidade dos personagens que irão representar.
Yaakov, o sefardita.

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