terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Filosofia de butequim

https://www.facebook.com/video.php?v=432173316991972&fref=nf

Ao filósofo de botequim, do vídeo, não lhe vi o nome. Capitalismo e socialismo são dois lados da mesma moeda. Qual a terceira alternativa? Os críticos não respondem porque não são pensadores. Como pensador tenho a terceira alternativa: anarquismo. Meus dois grandes amigos, Ninguém e Todo Mundo, foram consultados a respeito. Ninguém esta interessado e Todo Mundo tem medo da responsabilidade de ser livre. A primeira coisa que o anarquismo denuncia é a ditadura teológica, e Ninguém como Todo Mundo não quer abrir mão da esperança consoladora do Jardim de Éden, defendido tanto pelo socialismo como pelo capitalismo. A segunda coisa que o anarquismo denuncia é a ditadura do consumismo, e Ninguém como Todo Mundo não quer deixar de usufruir as delicias cotidianas das novidades efêmeras. A terceira coisa que o anarquismo denuncia é a Internet, e Ninguém como Todo Mundo não quer abrir mão de todas as mídias que sustentam o mundo fantástico das ideologias virtuais em que estamos mergulhados. A quarta coisa que o anarquismo denuncia é tráfico de todas as riquezas passíveis de serem traficadas: narcóticos, armas, prostituição, órgãos humanos, remédios, combustíveis, dinheiros, grãos comestíveis, etc. e Ninguém como Todo Mundo disse desconhecer esta realidade sombria da sociedade. A quinta coisa que anarquismo denuncia é o sistema econômico-financeiro, e Ninguém como Todo Mundo não quer abrir mão das aposentadorias, das rendas de investimento, dos juros das agiotagens, dos jogos de azar, dos aluguéis, do câmbio negro, dos dízimos religiosos. A sexta coisa que o anarquismo denuncia é o sistema tributário, e Ninguém como Todo Mundo não quer abrir mão do direito de delegar ao Estado a responsabilidade de administrar o erário. Citamos apenas seis itens de muitos. O anarquismo é simples, e de tão simples, como são todas as coisas simples, acaba se tornando complicado. Mesmo assim há uma terceira alternativa. 
Áfiar, o bardo.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

A Prece


Senhor, ao meu passado, teu perdão.
Ao meu presente, misericórdia.
Ao meu futuro, tua providência.   


Senhor, ao meu passado, teu perdão. Por que perdão pelo meu passado? Não terá o meu passado algum mérito? Terei sido tão pusilânime que tenho de pedir perdão por todo meu passado? No passado tive filhos maravilhosos, devo pedir perdão por ter participado da fecundação dessas criaturas divinas? Ao meu presente, tua misericórdia. Por que a misericórdia se a minha luta pela sobrevivência ainda esta em curso, e cuja infelicidade por uma possível derrota poderá não acontecer? Ao meu futuro, tua providência. Por que tua providência, por acaso estarei duvidando da qualidade, do potencial, e do alcance dos recursos físicos, racionais, sensitivos, emocionais, psíquicos, e espirituais com os quais fui agraciado para ser útil? Não posso orar nesses termos porque estaria duvidando de minha origem divina. Áfiar, o bardo.

sábado, 19 de dezembro de 2015

A Minha Religião.


O que vou dizer não precisa ser acreditado porque basta o meu realismo fantástico.
Eu sou um xamã, e como tal sou um monoteísta polimórfico. Cada pessoa que me procura, pedindo meus préstimos, tem uma credulidade específica.
Para que se possa entrar no universo físico-espiritual do paciente, é preciso admitir e aceitar, espontaneamente, o Deus que reside naquele corpo, e que faz do mesmo um templo sagrado.
Cada Deus heterogêneo que encontro nos heterogêneos pacientes é sempre o mesmo Deus.
O mesmo Deus, porém, identificado com nomes e teologias, supostamente, diferentes.
Entretanto, a crise, o conflito, a dor, e o sofrimento do ser humano é uma repetição interminável das consequências dos sempre mesmos erros.
Todos os Deuses, em absoluto todos, são criações humanas, antropomórficas e antropopáticas, e as consequentes religiões são niilistas, preconceituosas, e discriminatórias.
Portanto, o meu Deus e a minha religião é a natureza cósmica, concreta e abstrata, infinita, perene, quântica, com seus atributos e predicados físicos, racionais, sensitivos, emocionais, psicológicos, e espirituais, sem moral, sem ética, sem fé, sem pecado, sem castigo, sem milagres, e sem medo.
O meu objetivo humanitário é o realismo fantástico da presença do sagrado amor incondicional entre mulheres e homens de todas as raças, porque todos tem o mesmo sangue vermelho, a mesma lágrima incolor, e a mesma sepultura.
Áfiar, o bardo.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Apenas um Cão.


Cão é cão, apenas, isso.
Entretanto, chamo a atenção para o significado da palavra "apenas".
Entre vários, tem o sentido de "uma maneira exclusiva", ou "que tem a capacidade para excluir os demais".
Eis a temática: um cão tem a capacidade para excluir os demais, porque apenas ele, o cão, com o seu amor, com a sua humildade, e com a sua absoluta fidelidade é a demonstração do numinoso afeto que todo ser humano deveria ter para com o seu semelhante.
Apenas o cão é a comprovação da existência física dos anjos em nossa vida.
Mas, como tudo na vida tem um mas, não podemos esquecer do gato.
O gato é, também, apenas um gato.
Todo ocultista sabe quantas vezes somos salvos porque temos apenas um gato.
Enquanto o cão é um anjo, o gato é um "deva".
Quanto aos parentes e amigos, quase nenhum consegue ser apenas... apenas um.
Todo aquele que diz "apenas um cão", ou "apenas um gato", terá de sofrer muito para chegar a ser "apenas um" unido ao Uno, que mentaliza todos nós.
Afiar, o bardo.

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

A Falsidade.



As pessoas que dizem que são falsas por educação, estão mentindo, porque, na realidade, são educadas por falsidade.
Sou capaz dos revides mais expressivos sem ofender, apenas, ensinando meus oponentes o quanto eles podem estar enganados por desconhecimento, ou o quanto podem ser falaciosos por deformação de caráter.
Exemplo: nas poucas oportunidades que perdi meu tempo escrevendo sobre o senhor Luiz Inácio Lula da Silva, sempre o tratei como um "apedeuta", "pelego", "populista", três adjetivos verdadeiros.
Entretanto, se a minha noção de verdade ofende, estarei ofendendo, infelizmente.
Contudo, já fui falso, e continuo sendo, não por educação, mas por necessidade de sobrevivência.
Na civilização em que vivemos somos obrigados a usar da “máscara da convivência conveniente”, onde todos procuram ser bonitos, simpáticos, atraentes, receptivos, e bons vendedores de si mesmos, em uma competição desumana, cujo principal produto a ser consumido é o próprio ser humano.
Aquele que se diz ser franco, ignorando a dor que possa causar, não é verdadeiro e nem honesto, e inoportuno, grosseiro e cruel, porque toda verdade é circunstancial e relativa.
Além do mais, existem verdades que são entendidas de forma equivocada.
Exemplo: admiro e aprecio a beleza física, feminina e masculina, como uma condicionante da minha condição de artista plástico, e todas as vezes em que digo, simplesmente, “como vosmecê é bonita ou bonito”, a primeira reação dos elogiados é defensiva, na suposição de que, talvez, estarei pretendendo alguma cousa inconfessável.
Depois ficam constrangidos com a própria precipitação.
Em termos de relacionamento humano estamos em tempos de crise e conflito de identidades.
Portanto, sejamos falsos, ainda que seja por misericórdia e empatia, porque a solidão na família, no trabalho, no templo, no nosocômio, no entretenimento, na multidão, e na necrópole é o maior dos sofrimentos, e o pior dos castigos.
Áfiar, o bardo.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Cair e levantar.


Cair, levantar, e seguir em frente é meritório. Porém, visto sem uma análise introspectiva, esse conselho ou exemplo é um eufemismo impróprio em uma sociedade consumista de selvagem competição, onde o virtuoso é símbolo de fraqueza, e o vicioso é o símbolo da força corruptiva. Caiu? Quando caiu? Onde caiu? Como caiu? Por que caiu? Existem quedas temporárias e quedas definitivas. As quedas temporárias ensinam como adequar para conservar situações de vida. As quedas definitivas determinam drásticas transformações na sobrevivência. Nesta nossa civilização contemporânea, existem quedas cotidianas, heterogêneas, previsíveis, imprevisíveis, justas, injustas, e todas irrecuperáveis. Depois da queda, nada será como antes porque esse é o sistema educacional do ser humano. Viver de queda em queda, até a queda terminal no sepulcro da miserabilidade de nossas vidas.
Áfiar, o bardo.

Alteridade Matrimonial.


Todas as vezes em que a mulher, ao olhar para seu cônjuge, julgar o quanto ele teve sorte em ser seu marido, estará dando uma lamentável demonstração de desrespeito para com o seu companheiro, e para consigo mesmo.
Nenhum ser humano, mulher ou homem, é auto suficiente para que possa ser considerado uma sorte de convivência.
Todos são um universo pessoal de idiossincrasias, e a mútua aceitação só é possível entre aqueles que tem consciência da própria alteridade.
Áfiar, o bardo.

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

O Crítico


Sou um opositor, mas, como crítico, procuro ter o cuidado de não perder ou subverter aquilo que entendo como a minha visão relativa da realidade, a qual não destaca o indivíduo do contexto coletivo dos fatos e dos atos que julgo em crise e em conflito social.. A unanimidade inexiste, e a tentativa de faze-la é uma desinteligência ditatorial. A unanimidade tem a intolerância como um componente desastrante. A intolerância revela no indivíduo justamente aquilo que falta como alteridade. Sem esses limites, auto impostos, minha oposição e crítica, seriam apenas mais uma escrita vazia de conteúdo objetivante, se não falaciosa.
 Hárifhat, o poeta sufí do deserto.

As 7 doenças que estão matando a humanidade

Diante da "As 7 doenças que estão matando a humanidade" torno-me consciente de duas realidades do realismo fantástico, a previsão deste e a solução para este conflito existencialista: Nietzsche, em tempos da segunda metade do século 19, previu a culminância e deu a solução radical do conflito existencialista que, começado com Sócrates, Platão e Aristóteles, é herdado pela contemporaneidade trágica da civilização do século 21, em pelo transcurso da Terceira Grande Guerra Mundial.
 Hárifhat, o poeta sufí do deserto.
http://www.equilibrioemvida.com/2015/10/as-7-doencas-que-estao-matando-a-humanidade/

A Manipulação da Opinião Pública.

O Pensamento do Dia
"o maior mestre em relações públicas dos Estados Unidos: Edward L. Bernays. Ele é conhecido, até hoje, como o "Pai das Relações Públicas". Viveu 104 anos, de 1891 a 1995. Austríaco de nascimento, ele era, entre outras coisas, sobrinho de Sigmund Freud, o pai da psicanálise. No seu mais importante livro, intitulado "Propaganda", Bernays afirma: "A manipulação consciente e inteligente da opinião e dos hábitos das massas é um elemento importante na sociedade democrática. Seus manipuladores constituem um governo invisível dono do verdadeiro poder de comando sobre o país. Nós somos governados, nossas mentes são moldadas, nossos gostos são formados, nossas idéias são sugeridas, na maioria das vezes, por pessoas que nunca ouvimos falar. (...) Em quase todos os momentos da nossa vida, quer na política, quer nos negócios, quer no nosso comportamento social ou pensamento ético, nós somos dominados pelo número relativamente pequeno de pessoas (...) que compreendem os processos mentais e padrões sociais das massas. São essas pessoas quem manipulam os botões que controlam a mente pública."

Hárifhat, o poeta sufí do deserto.

O Solitário

Eu ai para a escola sozinho,mas, não só a pé, porque, sendo longe, percorria o maior trecho de bonde, um bonde fechado, vermelho, apelidado de "camarão". Bom tempo, apenas bom. Era um tempo em que o Brasil tinha cinquenta milhões de "cidadãos", sendo 50% analfabetos. Era um país atrasado, oligárquico, preconceituoso, discriminatório, corrupto, só que com a diferença de que a corrupção ainda não tenha sido instituída como o quinto poder. Tínhamos quatro poderes: Legislativo, Executivo, Judiciário, e a Imprensa. A esse elenco de poderes, o Partido dos Trabalhadores, ao assumir a presidência da república, acrescentou e instituiu o quinto poder, o da Corrupção. Aquele mesmo poder corruptivo sempre existente e praticado no universo dos pelegos desta desgraçada nação. Áfiar, o bardo.

As Pessoas, Coisas

Existem pessoas que existem para usar as pessoas que existem para serem usadas. Existem pessoas que existem para serem usadas pelas pessoas que existem para usa-las. As pessoas que existem para não usar e não serem usadas, como cousas, por outras pessoas, são as pessoas que existem para fazer as revoluções que mudam aqueles que serão os novos "usadores", e que conservam aqueles que continuarão a serem usados. O resto são apenas palavras que, reunidas, formam os livros que sustentam editores, escritores, livrarias, fabricantes de papel, camponeses que plantam árvores, caminhoneiros que transportam bobinas, demais segmentos correlatos, e, finalmente, os leitores, tornados intelectuais engajados no sistema pelo mundo ideal da liberdade da auto determinação. Até mesmo nas necrópoles as pessoas são usadas: uns como mortos, outros como sepulteiros.
Hárifhat, o poeta sufí do deserto.

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

O Capitalismo Liberal, de Estado, e os Mega Capitalistas.


Quando as grandes fortunas globais atingem um nível de grandeza irreversível seus detentores passam a raciocinar em termos dinásticos.
A preservação do comando dinástico das grandes fortunas globais depende da dominação do próprio mecanismo da economia de mercado que as constitui, e isto só poder ser feito através da dominação do Estado, enquanto uma representação da sociedade de consumo.
O poder das grandes organizações globais é, até um determinado ponto de equilíbrio, um poder basicamente econômico, que depois se converte em um complemento de poder político-militar, que independerá do curso dos fatores econômicos porque terá obtido os meios necessários e imprescindíveis para dirigir, dominar e estrangular o mecanismo da economia de mercado.
Os detentores dinásticos das grandes organizações globais são chamados de Mega Capitalistas.
Os mega capitalistas transcenderam a condição de capitalista, e se tornaram em uma nova casta aristocrática.
Para os mega capitalistas o capitalismo liberal deixou de interessar.
O capitalismo de estado, politicamente, poderia ser uma alternativa, bastando implantar um estado comunista, mediante a constituição de uma nomenclatura específica, a organização de uma burocracia classista, e o estabelecimento de uma oligarquia dinástica partidária, com efetivo poder político, por tempo indefinido.
Entretanto, em termos econômicos seria inexeqüível, se não vejamos.
O capitalismo de estado, no regime comunista, é uma econômica que, pretendendo ser planificada, determina a estatização de todos os meios de produção e de todos os veículos de especulação financeira e atuarial, para que toda a riqueza, gerada pelo próprio conjunto de segmentos das classes trabalhadoras, possa ser distribuída de forma igualitária e satisfatória para todos os integrantes da sociedade, assim constituída.
A primeira conseqüência, pretendida pelos ideólogos da economia planificada, do capitalismo de estado, era a eliminação automática da economia do mercado de consumidores, bem como as suas oscilações de oferta, procura e lucro.
Porém, a verdadeira e natural economia planificada esta vinculada a um denominador comum chamado “cálculo de preço”, elaborado, justamente, com base nas inevitáveis oscilações da oferta e da procura do mercado de consumidores, cujo lucro é o objetivo sustentador do capitalismo liberal.
Por oposição, os ideólogos da economia planificada, do capitalismo de estado, desconsiderando a existência natural da economia do mercado de consumidores, do capitalismo liberal, conceituaram a teoria do “cálculo do valor macro reativo de transação”, no qual o componente adicional do “lucro” foi equacionado como um “denominador comum ajustador de valores flutuantes”.
Consequentemente, a economia planificada, do capitalismo de estado, foi transformada em uma “represadora de ajustes econômicos, financeiros e atuariais”, cujos resultados negativos, acumulados e irreversíveis comprometeram a sobrevivência política e social dos estados comunistas.
Enquanto isso, a economia planificada, do capitalismo liberal, sempre teve por princípio operacional cultivar e explorar, de forma dinâmica e sistemática, a inerência do ser humano à econômica do mercado de consumidores, desde as eras imemoriais das trocas “in natura”.
A elite econômica governante soviética sempre soube desta realidade.
Ao ser implantado o capitalismo de estado foi admitido, na clandestinidade, um capitalismo liberal, que representou 50% da economia da URSS.
O sucesso do capitalismo de estado era apenas aparente, cujos balanços, demonstrativos e estatísticas, da situação econômica do estado comunista, eram totalmente inventados.
Não havia em nenhum lugar do mundo onde o governo ignorasse com tanta eficácia a realidade nefasta da economia planificada, do capitalismo de estado, como na URSS.
Aquela que parecia ser a economia mais dirigida era a mais anárquica.
A real existência de um capitalismo liberal subterrâneo, na URSS, se evidenciou com o aparecimento imediato de uma elite de milionários russos, logo após a queda do regime comunista, promovida por Mikhail Gorbatchov, e depois continuada por Boris Iéltsin.
Como poderia haver tantos milionários em um capitalismo de estado que proibia a propriedade privada dos meios de produção e dos veículos de especulação financeira e atuarial?
A cúpula soviética deixava que o capitalismo liberal se desenvolvesse clandestino porque era isso que sustentava a economia planificada, do capitalismo de estado.
Os dirigentes do movimento comunista internacional sabem disso há 70 anos.
É esta a política econômica implantada oficialmente na moderna China.
Em um primeiro segmento, há uma cúpula de poder burocrático atuando sobre um capitalismo liberal, composto da maioria dos meios de produção e dos veículos de especulação financeira e atuarial, privatizados, para atender a economia do mercado de consumidores, bem como as oscilações da oferta, procura, cálculo de preço e lucro, abrangendo a política de desenvolvimento do consumo interno e a política de desenvolvimento das exportações.
Em um segundo segmento, há uma cúpula de poder partidário atuando sobre um capitalismo de estado, composto de um limitado conjunto de empresas estatizadas para atender a economia planificada da distribuição igualitária e satisfatória dos bens de consumo coletivo.
Na China, tomada como exemplo de um país auto denominado comunista, a simbiose do capitalismo liberal e de estado tem um único poder unificador: os mega capitalistas.
Na realidade econômica contemporânea, com uma tradição de 250 anos, os mega capitalistas, detentores das grandes fortunas globais, não têm e eliminam todos os possíveis limites e obstáculos aos seus exclusivos interesses.
Os mega capitalistas dominam, controlam, determinam e financiam todos, absolutamente todos, os segmentos, virtuosos e viciosos, da atividade humana, tanto individual como coletiva.
O desejo consumista, concreto e abstrato, individual e coletivo, virtuoso e vicioso, é inerente ao ser humano.
O desejo consumista é a energia propulsora do desenvolvimento do ser humano em sociedade.
O desejo consumista insatisfeito é a energia propulsora de todas as crises e conflitos sociais, em todos os tempos.
A mais ampla exploração do desejo consumista constitui á chamada “sociedade de consumo”.
O mais eficiente instrumento para a contemporânea exploração do desejo consumista é a “Internet”.
O recurso secreto, com o qual os mega capitalistas se mantêm como uma dinastia aristocrática ditatorial, por tempo indefinido, tem dois componentes radicais: primeiro, manter sistematicamente ativo o desejo consumista do ser humano; segundo, não permitir a unanimidade reativa de qualquer pensamento emocional que, dirigido racionalmente, pudesse se constituir em uma ameaça à hegemonia do próprio poder vigente.
As ideologias político-econômicas de direita e de esquerda são dois lados de uma mesma moeda, dependente do desejo consumista de suas respectivas sociedades de consumo, e dominada pelos mega capitalistas, detentores das grandes fortunas globais, presentes e atuantes no capitalismo liberal e no capitalismo de estado.
Alguém teria dito que a única coisa temida pelos mega capitalistas seria o império da “Lei de Mercado”, o que seria uma berrante contradição ter medo de si mesmo.
Hárifhat, o poeta sufí do deserto
Bibliografia: o filósofo Olavo de Carvalho

terça-feira, 10 de novembro de 2015

O Anti-semitismo.


O homem Richard Wagner foi anti-semita. Na sua época, e antes e depois, sempre existiram anti-semitas. O uso do preconceito e discriminação racial não foi exclusivo dos nazistas. O genocídio é presente na história da humanidade, a começar pelos chamados "Livros Sagrados" de todas as religiões. Todos os povos, inclusive os três povos do "Livro da Lei, cometeram seus genocídios históricos. Neste exato momento, de nossa contemporaneidade, somos testemunhas passivas de genocídios acontecendo em algumas regiões do planeta Terra, sem que a inútil Organização das Nações Unidas - ONU - faça alguma cousa. Sou cidadão brasileiro, e israelita por credo religioso.. Não admito ser identificado como judeu-brasileiro, e, mesmo assim, por diversas vezes, fui discriminado por causa da minha descendência semita sefardim, o que não ficou sem o necessário e violento revide, na reafirmação de minha nacionalidade brasiliana. Mas, em termos de preconceito e discriminação brasileiros, não estou sozinho, me acompanham os afrodescendentes, os nordestinos, os ciganos, os latinos americanos, os favelados, os homossexuais, os adeptos do espiritismo kardecista, da umbanda, do candomblé, do catimbó, do xamanismo, do ocultismo, as mulheres, os ateus, os maçons, etc. 
Hárifhat, o poeta sufí do deserto.

O exercício do poder é maligno?


Temos sempre de tentar interpretar as pessoas e os grupos.
O primeiro elemento para se compreender uma situação é o discurso do agente, o que diz a respeito daquilo que o próprio agente esta fazendo.
Não é preciso concordar ou discordar, mas o discurso do agente é o principal componente da situação.
O discurso dos inumeráveis agentes da "nova mundial" tem uma grande quantidade de "utopismo humanitário", e estes agentes se consideram fazendo um edificante trabalho, do qual não se pode, precipitadamente, qualificar como sendo uma iniciativa motivada por razões malignas.
Esse "utopismo humanitário" pode até ser objetivamente maligno, embora não sendo subjetivo.
O agente, isto é, o sujeito da ação, pode estar estruturado em uma visão falseada da realidade, e pode, sobre tudo, estar agindo em uma dimensão muito maior do que ele mesmo possa compreender.
É justamento por essa pretensão abusiva que, tanto o sujeito, como a sua ação e o objetivo atingido, podem todos compor uma realidade maligna.
O perigo do desafio dos desmandos do sujeito incapaz, a quem se atribuiu um poder infinitamente superior ao seu horizonte de consciência, é um dos graves fenômenos sociais da contemporaneidade.
Resultante da descoberta, criação, desenvolvimento, e manipulação falaciosa das modernas mídias, o trânsito do poder social aumentou imprevisível e incontrolável, tornando-o, facilmente, passível e possível de se concentrar em mãos de sujeitos incapazes.
O sujeito não deve ser julgado pelo seu idealismo, e nem pela sua má intensão.
Não se precisa de má intensão para se fazer um formidável desastre, é suficiente o sujeito estar lidando com coisas que estão acima de sua própria capacidade ética e moral.
Diante desta realidade, ao sujeito incapaz, mas poderoso, só resta o recurso do uso aviltante da prepotência corruptora, para impor as conclusões e os interesses viciosos da sua limitada e mesquinha visão de si mesmo, e de todos que estão à sua volta.
Sim, o exercício do poder é maligno.
Hárifhat, o poeta sufí do deserto.
Com devida citação ao filósofo Olavo de Carvalho.

A Ancianidade.

O Pensamento do Dia.

O tempo é a solução para todas as cousas. O tempo é o senhor piedoso do presente, porque o passado e o futuro não lhe existem. O tempo determina que vivamos o presente em todas as suas possíveis e circunstanciais oportunidades. O tempo determina um momento para nascer, para crescer, para amadurecer, e para morrer. Para o tempo existe somente o agora da infância, da juventude, da maturidade, e da ancianidade. Para cada um desses presentes fugazes há um ritual de passagem, uma plenitude, e uma terminação. No agora da infância terminal há a concentração antecipada dos demais presentes. No agora da ancianidade terminal há a concentração existencial de todos os demais presentes que se dissipam. Porém, saber viver cada agora do tempo é o grande desafio enigmático da vida. O tempo, o maior escritor da natureza, relata, no cartapácio facial, da mulher e do homem, a soma de todos os erros menos a soma de todos os acertos, cuja diferença, positiva ou negativa, será o demonstrativo do quanto de dignidade cada um de nós soube dar si mesmo em benefício de todos. Hárifhat, o poeta sufí do deserto.

O Corpo Docente

Neste dia, dos professores, diante da apologia, dos mesmos, feito pelo vídeo da Biblioteca Virtual da Antroposofia, obriguei-me à indagar aonde estão os mestres retratados naquela narrativa ideal. Porque na realidade, a maioria corpos docentes, que tive a oportunidade de contatar, eram compostos por profissionais intolerantes, impacientes, preconceituosos, discriminatórios, incompetentes, e mesquinhos. Enfim, eram seres humanos insatisfeitos com a própria profissão, e sem a dignidade suficiente para dar um novo rumo em suas miseráveis vidas. No Brasil, em termos de estudos, o governo finge que investe, o professor finge que ensina, e o aluno finge que estuda. Todavia, há exceções, tão pequeninas que desaparecem no mar da vergonha deste desgraçado País. 
Hárifhat, o poeta sufí do deserto.

A Paz

Aconselho que todos devam ter cuidado com o cultivo indiscriminado da paz, para que a mesma não se transforme na paz da necrópole. A paz da minoria dos fortes é a imposição da vontade desforrada da maioria dos fracos. A paz da maioria dos fracos é a imposição da vontade abjeta da minoria dos fortes. A paz é um breve momento do êxtase da satisfação das necessidades da libido, chamada poeticamente de amor, ou de paixão, quando, na verdade, é vivo desejo sexual, escondido pela hipocrisia da moral e da ética das filosofias e das teologias ideais, que odeiam a natureza real, da qual o homem é sua manifestação mais controversa. 
Hárifhat, o poeta sufí do deserto.

A Crise

A principal crise e conflito da República Federativa do Brasil é moral. Esta crise e conflito nasceu nas Capitânias Hereditárias, herdada pelo Governo Geral, herdada pela Regência Joanina, herdada pelo Império Alcântara, herdada pela Primeira República, herdada pela Ditadura Getuliana, herdada pela Segunda República, herdada pela Ditadura Militar, herdada pela Terceira República, e finalmente, por enquanto, herdada pela Ditadura Petista. O homo sapiens brasileiro é um corrupto uterino, e um covarde por mal conformação congênita. 
Hárifhat, o poeta sufí do deserto.

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

O Vento.


Pensamento do dia.
Sou um brasileiro feliz.
Tive a oportunidade de viver o suficiente para presenciar o pronunciamento de um mandatário máximo do meu país, a senhora Dima Rousseff, discorrendo sobre o armazenamento do vento.
Depois tenho que suportar as críticas dos meus opositores porque sou adepto do Realismo Fantástico.
Mas, até mesmo o realismo fantástico estabelece seus próprios limites para não se tornar ridículo.
Hárifhat, o poeta sufí do deserto.

O Destino

Na vida existem três tipos básicos de indivíduos. O condutor, o conduzido, e o controvertido. O condutor, conforme o resultado final, conduz para o bem ou para o mal. O que pode ser bem ou mal para uns, pode ser o contrário para outros. Portanto, o bem e o mal são relativos. O condutor sempre conduz em razão prioritária de satisfazer os seus próprios interesses, ignorando o bem ou mal dos seus conduzidos, sem o que não é condutor, e, mesmo assim, por vezes, fracassa. O conduzido sempre se deixa conduzir em razão prioritária de satisfazer os seus próprios interesses, ignorando o bem ou o mal do seu condutor, sem o que não é conduzido, e, mesmo assim, por vezes, fracassa. O controvertido, em razão prioritária de satisfazer os seus próprios interesses, de acordo com ditames das situações e circunstâncias, presentes e previstas, assume a posição de condutor ou de conduzido, e, mesmo assim, todas as vezes, jamais fracassa. O controvertido só é subjugado pelo anjo da morte, após um vantajoso acordo, que nunca é comprido pelo condutor da foice. O realismo fantástico é única verdade. Até o próximo encontro no raio violeta da estrada do arco-íris.
 Hárifhat, o poeta sufí do deserto.

sábado, 24 de outubro de 2015

A Distopia


Distopia é o pensamento, a filosofia, ou o processo discursivo baseado em uma ficção que é a antítese da utopia, ou promove a existência da utopia negativa.
A distopia se caracteriza pelo controle opressivo de uma oligarquia ditatorial sobre toda uma sociedade submissa.
Na distopia, a sociedade submissa é conivente e corruptível, as normas para o bem comum são flexíveis ao sabor dos interesses, e a tecnologia é usada como instrumento de controle da oligarquia, quer estatal, institucional, ou corporativista.
A utopia é um sistema social idealizado sem raízes na contemporaneidade, retratando uma época futura, após uma descontinuidade histórica.
A distopia, em oposição, é idealizada essencialmente em conexão com a própria sociedade vigente.
O que é comumente chamado de utopia é o demasiado bom para ser praticável; e o que é o demasiado mau para ser praticável é a chamada distopia.
Quando a distopia se concretiza, a sociedade se torna desgraçada.
O projeto de perpetuação no poder, do Partido dos Trabalhadores, idealizado pelo caudilho nordestino, pelego getulista, senhor Luiz Inácio Lula da Silva, e por sua horda de inconsequentes, através de um populismo de esquerda tardio, é um exemplo de uma distopia "tupiniquim", a qual é favorecida pelo desempenho pífio da oposição amoral, que se acovarda em defender, com bravura, as tradições republicanas e democráticas implantadas, nestas Terras de Vera Cruz, pelos fundadores verdadeiramente brasileiros, desta desgraçada Nação.
Ontem, jovem, idealista e democrata, lutei contra a Ditadura Militar, implantada, e contra a tentativa da implantação da ditadura comunista espúria.
Hoje, ancião, e ainda idealista e democrata, luto contra a tentativa da implantação da distopia petista, com o único e último poder constitucional que, por enquanto, nos resta: o poder da liberdade de expressão do pensamento denunciador.
Hárifhat, o poeta sufí do deserto, de onde nunca deveria ter saído.

terça-feira, 29 de setembro de 2015

Otimismo, o inimigo oculto.


A disposição para ver as coisas "sempre" pelo lado bom e esperar "sempre" desfechos favoráveis, na verdade, atrapalha a realização dos sonhos, pois vende a ideia de conquistas sem trabalho árduo.
Para que alcancemos nossas metas de vida, devemos confrontar nossos desejos com obstáculos reais, ajustando expectativas e descobrindo nossos limites.

Hárifhat, o poeta sufí do deserto.


A Verdade e a Parábola



Um dia, a Verdade decidiu visitar os homens, sem roupas e sem adornos, tão nua como seu próprio nome.
E todos que a viam lhe viravam as costas de vergonha ou de medo, e ninguém lhe dava as boas-vindas.
Assim, a Verdade percorria os confins da Terra, criticada, rejeitada e desprezada.
Uma tarde, muito desconsolada e triste, encontrou a Parábola, que passeava alegremente, trajando um belo vestido e muito elegante.
- Verdade, por que você está tão abatida?- perguntou a Parábola.
- Porque devo ser muito feia e antipática, já que os homens me evitam tanto!- respondeu a Verdade.
- Que disparate!- Sorriu a Parábola.- Não é por isso que os homens evitam você. Tome. Vista algumas das minha roupas e veja o que acontece.
Então, a Verdade pôs algumas das lindas vestes da Parábola, e, de repente, por toda parte onde passava era bem-vinda e festejada.
Os seres humanos não gostam de encarar a Verdade sem adornos. Eles preferem-na disfarçada.

Hárifhat, o poeta Sufí do deserto, contando um conto judaico.


sexta-feira, 31 de julho de 2015


25.07.2015.

A Ressurreição de Jesus Cristo

A ressurreição de Jesus é, em princípio, uma questão de fé. Acreditar ou desacreditar na ressurreição é irrelevante na aceitação da divindade do Primogênito bíblico. Não há elementos físico-materiais que provam ou reprovam a ressurreição. Entretanto, devemos ter a humildade filosófica para admitir que, para a Suprema Essência, a ressurreição é um evento, tão possível, que não deve contrariar o equilíbrio das suas determinantes leis da natureza cósmica. Qualquer astrônomo amador, diante da grandeza dos fenômenos interiores ontológicos da criação infinita do universo astral, considerará, com honestidade, que a ressurreição é fisicamente possível, independente de conceitos teológicos ou de processos introspectivos de fé. Pessoalmente, através de especulações metafísicas do raciocínio abstrato, a ressurreição do Nazareno Rabino da Galileia foi um acontecimento físico-material verdadeiro, que sublimou mais um dos grandes eleitos numinosos do planeta Terra. Para os cristãos, Jesus é o único Deus Salvador, para mim, Jesus é mais um caminho alternativo, assim como os infinitos mundos das galáxias que observo através do meu modesto telescópio, nas noites de céu aberto, quando testemunho o cotidiano e sempiterno despertar mágico da Suprema Essência, apesar da minha pequenina dimensão.

Hárifhat, o poeta sufí do deserto
CONSEQUÊNCIAS DA CRISE NA GRÉCIA!

1. Zeus vende o trono para uma multinacional coreana.
2. Aquiles vai tratar o calcanhar na saúde pública.
3. Eros e Pan inauguram prostíbulo.
4. Hércules suspende os 12 trabalhos por falta de pagamento.
5. Narciso vende espelhos para pagar a dívida do cheque especial.
6. O Minotauro puxa carroça para ganhar a vida.
7. A Acrópole é vendida e aí é inaugurada uma Igreja Universal do Reino de Zeus.
8. Eurozona rejeita Medusa como negociadora grega:"Ela tem minhocas na cabeça!".
9. Sócrates inaugura Cicuta's Bar para ganhar uns trocados.
10. Dionísio vende vinhos à beira da estrada de Marathonas.
11. Hermes entrega currículo para trabalhar nos correios. Especialidade: entrega rápida.
12. Afrodite aceita posar para a Playboy.
13. Sem dinheiro para pagar os salários, Zeus libera as ninfas para trabalharem na Eurozona.
14. Ilha de Lesbos abre resort hétero.
15. Para economizar energia, Diógenes apaga a lanterna.
16. Oráculo de Delfos vaza números do orçamento e provoca pânico nas Bolsas.
17. Áries, deus da guerra, é pego em flagrante desviando armamento para a guerrilha síria.
18. A caverna de Platão abriga milhares de sem-teto.
19. Descoberto o porquê da crise: os economistas estão todos falando grego!!!

Sérgio Casoy

segunda-feira, 11 de maio de 2015

Mantra

Em sanscrito, Man significa mente; tra significa liberação; mantra significa liberação da mente.
Quando a Consciência Divina se manifestar a primeira expressão é a vibração do som.
Brahma é o som do qual se alimenta o universo.
O Mantra é um aspecto divino na forma da vibração do som.
O Mantra é uma palavra ou uma frase sagrada, recitada ou cantada repetitivamente, com profunda contemplação, concentração e meditação, cuja vibração vocal sonora, alta ou baixa, e a respiração pulmonar são executadas juntas na prática mântrica.
Emitido correto, o mantra causa um efeito salutar na mente e no corpo, em especial na glândula pituitária, expandindo energidas de vibração superior, e restringindo as energias de vibração inferior.
Estrutura funcional do mantra
1 - O mantra tem um profeta - drashta -, o qual, nos tempos primordiais, recebeu a revelação e revelou-o ao mundo.
2 - O mantra tem uma métrica - chandas - que determina a inflexão da voz.
3 - O mantra tem uma deidade - devata - de poder divino.
4 - O mantra tem uma semente - bija - que é uma ou várias palavras de poder.
5 - O mantra tem uma Sakti que é a energia da vibração do som.
6 - O mantra tem um suporte oculto - kilaka - que será um suporte revelado - chaitanya - através da repetição do mantra.
Como usar o mantra
O mantra será percebido pelo cérebro através dos orgãos sensoriais.
1 - Crie imagens do mantra e coloque-as em lugares visivos.
2 - No mínimo, 2 vezes por dia, no espelho, diga o mantra aos seus olhos.
3 - No mínimo, 1 vez por dia, numa folha de papel, com a melhor letra legível, escreva o mantra de 10 à 15 vezes.
4 - Fora do espelho, várias vezes por dia, alto ou baixo, diga o mantra, procurando sentir a vibração emocional do som dos fonemas do mantra.
A base da operação do mantra é uma radiação mental chamada "energia do som" ou "som da energia".
Continua no Yantra.
Hárifhat, o poeta sufí do deserto.

Yantra

A palavra yantra significa apoio, instrumento.
O yantra é a expressão física de um mantra através de uma figura geométrica.
O yantra é o símbolo de um aspecto da Suprema Divindade.
Os yantras místicos revelam a base íntima das formas universais.
A função do yantra é simbolizar a revelação das verdades cósmicas.
O yantra é um desenho geométrico usado como um instrumento perceptivo na prática da contemplação, concentração e meditação.
O yantra fornece à mente um ponto focal que é um portal exterior e interior para a Consciência Absoluta.
O yantra é uma imagem microcósmica do macrocosmo.
O yantra é focado numa determinada divindade e nos seus específicos centros de força criadora do universo.
A base da operação do yantra é uma radiação mental chamada "energia da forma" ou "a forma da energia".
Estrutura funcional do yantra
1 - Contorno yantrico                        
2 - Ponto - bindu
3 - Triângulo - trikona                       
4 - Estrela de 6 pontas - shat kona
5 - Círculo - chakra                            
6 - Quadrado - bhupura
7 - Lotus - padma

1 - Controle yantrico
Delimita seu perimetro para conter e evitar perda de forças mágicas simbolizadas pela estrutura do núcleo do yantra, o ponto central.

2 - Ponto - bindu
Simboliza a energia focalizada; o ponto é rodeado por diferentes desenhos geométricos simbolizando as características da divindade e os aspectos específicos do yantra.

3 - Triângulo - trikona
O triângulo com ponta para baixo - Shakti Kona - simboliza a água, e a Yoni, orgão sexual feminino símbolo da fonte suprema do universo.
O triângulo com a ponta para cima - Shiva Kona - simboliza o fogo - Agni tattva - e a aspiração espiritual.
A união dos dois triângulos simboliza a interação dinâmica de ambas energias; os espaços vazios, surgidos dessa união, simbolizam campos de forças operacionais emanadas do ponto central do yantra.

4 - Estrela de 6 pontas - shat kona
Simboliza a união do Ser Supremo - Purusha - com a Mãe Natureza - Prakriti -, ou Shiva Shakti, fonte da Criação.

5 - Círculo - chakra
Simboliza o ar - Vayu tattva -, o movimento espiritual da evolução macrocósmica e a perfeição do vazio criativo.

6 - Quadrado - bhupura
Simboliza a terra - Prithivi tattva - e o limite exterior da yantra; simboliza a evolução universal a partir do sutil - "eter" - e terminando no grosseiro - "terra".

7 - Lotus - Padma
Simboliza a pureza da Divindade, e cada pétala simboliza um componente virtuoso da liberdade de ação da vontade absoluta do Ser Supremo.
Continua no Japamala
Hárifhat, o poeta sufí do deserto.

O Racismo

Fui um executivo de imenso sucesso. Contratava meus auxiliares após um contato pessoal com os mesmos, quando analisava os critérios de seleção, aplicados pelo departamento de recursos humanos, que resultavam na apresentação daqueles candidatos. Foram muitas as vezes em que contratei profissionais negros com qualificação inferior e potencial superlativo. A diretoria do departamento de recursos humanos questionava minhas escolhas alegando serem contrárias à conservação do nível cultural da organização. Todos os profissionais negros que contratei se desenvolveram, técnica e intelectualmente, acima do esperado. Alguns se tornaram líderes, instrutores, e gerentes. Por falta de vaga para todos, outros foram contratados pelos nossos concorrentes. Entretanto, enfatizo uma abordagem feita logo após a admissão do profissonal negro. Dizia-lhe: Pedro, ou João, ou José, ou qualquer outro nome, não se esqueça jamais que você não é "de cor", você é negro, e tenha o mais profundo orgulho em ser negro, e exija ser respeitado como tal. Exija dos seus colegas o mesmo respeito que lhe tenho. Tenha consciência de que o contratei também porque você é um negro brasileiro, e não um afrodescendente. Esta foi uma das minhas contribuições ativistas contra o racismo neste país. Todavia, isto não tem mérito porque, reencarnatoriamente, nasci amando tanto a raça negra que tenho filhos mulatos. E só um branco, pai de mulatos, sabe como é amarga a lágrima derramada ao ver seus filhos serem discriminados por uma sociedade falaciosa, hipocrita, e doente, que persiste em negar e esconder a contribuição civilizatória de um dos mais significativos segmentos étnicos de sua formação como um povo multirracial.
Hárifhat, o poeta sufí do deserto.

O preconceito


Quero completar o artigo do articulista, Rodrigo Cortijo, contando uma história acontecida na, então, escola Atual. Morávamos à mil passos da escola. Minha falecida ex-esposa, Aparecida Fátima Fracassi, mulata de beleza impar, sempre buscava nossos filhos vestida com o cotidiano doméstico. Fátima era mais escura que os filhos, e estes tinham acentuada fisionomia semita paterna. Naquele dia, ao entregar as crianças, a professora pediu para que Fátima avisasse à mãe dos alunos para vir ao colégio, no dia seguinte, para tratar de assuntos correlatos. No dia do aprazado, Fátima, toda produzida, foi à reunião. A professora, diante daquela figura afrodescendente, altiva, dominante, bem vestida, e belíssima, pediu, constrangida, veementes desculpas pelo equívoco. Fátima, do alto de sua vingança, respondeu: Eu entendo, não se preocupe, faz muito tempo que estou acostumada com esse tipo de comportamento. O articulista, Rodrigo Cortijo, é um moreno escuro, avermelhado, próprio dos beduínos do Oriente Médio, como o seu pai, e seus avós paternos. Sua irmã, Roberta Fracassi Cortijo é uma morena clara, amarronzada, própria dos afrodescendentes, ainda que tenha traços fisionômicos dos árabes nômades do deserto. Certa vez, Rodrigo Cortijo, desejoso de se mudar para os Estados Unidos da América do Norte, aconselhei não faze-lo, porque, fatalmente, seria identificado com um terrorista islâmico. O preconceito e a discriminação não são questões educativas, são recursos sócio- econômico-financeiros, através dos quais a sociedade dominadora arregimenta mão de obra escrava. Tenho dois grandes amigos, "Todo Mundo e Ninguém". Em termos de preconceito e discriminação, Todo Mundo esconde e Ninguém fala que a gênese do terrorista internacional esta no fundamentalismo, como uma resposta revoltante contra a escravatura dos povos mantidos utilitariamente em uma civilização ainda primitiva. O terrorismo não é o veículo adequado, mas é o único que a sociedade dominante deixou, temporariamente, ser a única alternativa extrema, ditada pelo desepero daqueles que nascem, vivem, e morrem sem a esperança de serem reconhecidos como seres humanos. A máxima do herói escravo romano Spártaco nunca foi tão moderna: "Prefiro morrer lutando pela liberdade do que viver abjectamente como escravo".
Hárifhat, o poeta sufí do deserto.

terça-feira, 7 de abril de 2015

A Passeata de 12.04.2015, domingo


O Partido dos Trabalhadores, PT, executa um projeto político sem alternância de poder.
Um projeto político sem alternância de poder configura-se uma ditadura, de um só partido.
O Partido dos Trabalhadores, PT, executa um projeto político, no qual o poder conquistado, através de uma eleição democrática, deve perpetuar-se à qualquer custo.
A perpetuação do poder político, de um só partido, só é possível através da corrupção.
O Partido dos Trabalhadores, PT, para, tentar, perpetuar-se no poder, à qualquer custo, transformou a corrupção em uma autarquia burocrática administrativa.
Através da corrupção, o Partido dos Trabalhadores, PT, compra os seus iguais; paga pela difamação dos seus opositores; paga para reescrever e adulterar a história da República, em benefício próprio, mediante estórias falaciosas; paga para que suas mentiras sejam repetidas até que sejam transformadas em verdades circunstanciais.
Antes da conquista do poder, através de uma eleição democrática, em termos de ética e de moralidade política íntegra, o Partido dos Trabalhadores, PT, se auto proclamava: único e inigualável.
Após a conquista do poder, através de uma eleição democrática, em termos corruptivos, o Partido dos Trabalhadores, PT, afirma que todos os partidos, incluindo-se, são iguais.
Agora, na execução do projeto político, de um só partido, sem alternância de poder, sentindo-se contestado, o maior lider do Partido dos Trabalhadores, PT, o "senhor" Luís Inácio Lula da Silva ameaça a sociedade brasileira com as milícias paramilitares formadas pelos adeptos do Movimento Sem Terra, MST, sob o comando do agitador, "senhor" Stedelli.
Está é uma situação, entre muitas, criada por 12 anos de governo petista.
Na passeata do dia 12.04.2015, domingo, demonstraremos, mais uma vez, a nossa oposição, pacífica e republicanamente democrática, contra todo esse estado de coisas que ameaçam a sobrevivência das mais caras instituições da República Federativa do Brasil.
Hárifhat, o poeta sufí do deserto.

O apego


O apego não é um obstáculo, é um ensinamento sensitivo, emocional, e psíquico que precisa ser vivenciado e sofrido para que o universo imanente e transcendente do ser humano seja sublimado durante as diversas reencarnações até que se seja transferido para um planeta menos primário.
Eu não sou cristão. Poderia ser cristão católico apostólico romano, se não fossem alguns específicos os dogmas desse segmento religioso que qualificam a maioria dos meus conceitos filosóficos e comportamento social como pecaminosos. Poderia ser cristão protestante, se não fossem as interpretações pessoais, tendenciosas e sem crítica racional dos seus representantes. Poderia ser cristão evangélico,... pentecostal, redentorista, se não fossem as propagandas exclusivas de salvação, que me deixam na dúvida para saber quem mente menos. Poderia ser cristão testemunha de Jeóvá, se não fosse o radicalismo de sua teologia da condenação, e a sua absurda oposição aos processos das grandes conquistas da ciência contemporânea. Assim sendo, continuo israelita, excomungado da sinagoga por ser um livre pensador. Dentre meus mestres destaco: Moandas Karanjam Gandi, Martin Luther King, Spinosa, e o Nazareno Rabino da Galiléia, o qual me inspirou a seguinte oração: " Deus Mãe-Pai, todo poderoso na sua infinita misericórdia e empatia, permita refletir sobre mim um pouco daquela luz que um dia brilhou tão fortemente nas colinas da Galilèia".
Hárifhat, o poeta sufí do deserto

A Promiscuidade



Esta é a minha interpretação, e não o texto original do acontecido.
Em 30.03.2015, segunda-feira, na TV Cultura, na programação da Roda Viva, a convidada do dia foi a atriz, entrevistadora, e jornalista, Marília Gabriela, cuja importância do nome dispensa maiores apresentações.
Nas características do espetáculo, Marília Gabriela, respondeu, com carismático brilhantismo, todas as perguntas, salvando, até mesmo, algumas menos inteligentes.
A última indagação foi feita pelo filósofo Luiz Felipe Pondé:
-"Marília, qual a sua visão da nossa atualidade".
Marília Gabriela respondeu:
-"O que mais me impressiona na atualidade é existir aquela pessoa que, recebendo, durante um certo período de tempo, parcelas de quantias que somam 97 milhões de reais (esse número é aleatório), consegue continuar convivendo com sua família, com seus amigos, ir à sua igreja, considerar-se um bom, ajudar aos outros, como se nada de anormal estivesse acontecendo, em sua vida. Ao procurar um termo para definir esta situação encontrei a palavra promiscuidade"
Durante o pronunciamento desta última resposta, a expressão facial e gesticular, da convidada, era de espontânea indignação.
Quando, atrevidamente, conceituamos já saber quase tudo, somos agraciados com mais um ensinamento: "a corrupção, o corrupto, e o corruptor formam um todo homogênio de promiscuidade".
Obrigado, Marília Gabriela, por me fazer saber que não estou sozinho na minha inutilidade de ser honesto.
Hárifhat, o poeta sufí do deserto

Igualdade Social


Qualquer sociedade é constituída de dois segmentos estruturais: o minoritário dominante e o resto dominado. A igualdade social é uma falácia. Como pode haver igualdade social entre um cientista e um lixeiro? Cada um poderá viver bem, mas, o viver bem do cientista jamais será o mesmo viver bem do lixeiro. Cada qual terá uma qualidade de vida correspondente à sua participação e contribuição à própria comunidade em que vive, e terá uma de importância social conforme a classificação determinada pelo segmento dominante. O cientista tem, intrínseco, uma valorização individual, e o lixeiro tem, intrínseco, apenas uma valorização como um corpo coletivo. Este parâmetro de igualdade social determina o parâmetro de direito social. O segmento dominante determina que, individualmente, o direito de cientista é maior do que o direito do lixeiro. Portanto, a atual civilização, dominante neste início da segunda década do século 21 ( de 2001 à 2100), é constituída de uma diminuta sociedade dominante sobre uma maioria social de escravos modernos, cujas mídias, instrumento de soberania, convencem a sociedade dominada à ter medo de uma liberdade que a obrigasse a viver sem as referências específicas da sociedade dominadora. Pergunte-se por que vosmecê usa determinada marca de dentifrício, sabonete, hidratante, farinha, café, automóvel, computador, celular, presunto, queijo, preservativo, e todos os demais produtos supostos necessários para o viver bem da sociedade de consumo em que permitimos ser transformados. A própria chamada oposição é um produto de consumo, onde só se muda a fantasia da beleza atrativa do rótolo para uma mesma farinha de péssima qualidade.
Hárifhat, o poeta sufí do deserto